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Promotoria acusa Tiririca de violar legislação
Ministério Público diz que palhaço omitiu bens em sua declaração à Justiça Eleitoral
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO
O Ministério Público de
São Paulo denunciou à Justiça Eleitoral o candidato a deputado federal Francisco
Everardo Oliveira Silva (PR),
o Tiririca, sob a acusação de
falsidade ideológica.
A denúncia do promotor
Maurício Antonio Ribeiro Lopes é baseada em entrevista
concedida pelo candidato à
revista "Veja", em 1º de setembro, na qual confessa ter
transferido para o nome de
terceiros todos os seus bens.
Isso porque, segundo ele,
responde a "processos trabalhistas e de sua ex-mulher".
Em sua declaração à Justiça, ele alega não possuir nenhum bem. Por outro lado,
estima um gasto de campanha de cerca de R$ 3,5 milhões. Até hoje, Tiririca já arrecadou cerca de R$ 600 mil.
"Assim agindo, omitiu em
documento público declaração da qual deveria constar
os bens e valores que possui", diz trecho da denúncia.
O promotor pede a quebra
dos sigilos fiscal e bancário
do candidato e cópias de processos no Ceará, movido pela
ex-mulher e filho de Tiririca.
Na denúncia, o Ministério
Público alega essa suposta irregularidade fere o artigo 350
do Código Eleitoral. Se confirmado, é um crime com pena de "reclusão até cinco
anos e pagamento de multa".
O advogado do humorista,
Ricardo Vitta Porto, disse
que a denúncia é um "factóide" e que a Justiça deve rejeitá-la. Porto afirmou ainda
que o candidato não escondeu nenhum patrimônio.
"Quando declarou não
possuí-los é porque de fato,
eles não os tem e nunca teve", disse o advogado, que
afirmou ainda que colocará
os sigilos à disposição.
Para ele, não é crime eleitoral o candidato deixar de
declarar seus bens.
No Datafolha feito na semana passada, Tiririca aparece com 3% das intenções
de voto -isso equivale a
mais de 900 mil votos, o que
faria dele o deputado mais
votado do país.
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