São Paulo, quarta-feira, 21 de setembro de 2011

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Lula diz que político não pode 'tremer' quando for acusado

Para ex-presidente, ministros dos Transportes, do Turismo e da Agricultura saíram porque não resistiram à pressão

Ao receber título na Bahia, petista brincou com manifestantes que pressionavam por mais recursos para Educação

GRACILIANO ROCHA

DE SALVADOR

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em Salvador (BA), que "político tem que ter casco duro" e não pode "tremer" cada vez que for acusado de fazer "coisa errada".
A declaração se referia aos ex-ministros Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo).
Segundo Lula, eles pediram exoneração porque não resistiram à pressão de suspeitas de envolvimento em casos de corrupção.
O ex-presidente não fez menção ao petista Antonio Palocci, que saiu da Casa Civil em junho.
"Político tem que ter casco duro. Se o político tremer cada vez que alguém disser uma coisa errada sobre ele e não enfrentar a briga para dizer que está certo, acaba saindo mesmo", disse o petista, durante cerimônia da Universidade Federal da Bahia.
Ele recebeu o título de doutor honoris causa em meio a protestos de estudantes.
Um grupo de manifestantes reivindicou do governo federal a aplicação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em educação.
Enquanto Lula discursava, citando números de sua gestão para o setor, os estudantes gritavam do lado de fora do auditório.
No fim da cerimônia, eles foram autorizados a entrar e ergueram cartazes. Lula brincou com os manifestantes, dizendo que dedicava a eles o título de doutor honoris causa que acabara de receber.
Lula minimizou o peso das pesquisas eleitorais que apontam a senadora Marta Suplicy (PT) na liderança da corrida pela Prefeitura de São Paulo, em 2012.
Ao falar com a imprensa, ele defendeu que o partido lance "pessoas novas" para ganhar a eleição.
Segundo o Datafolha, a ex-prefeita (2001-2004) tem hoje 31% das intenções de voto.
Já o ministro da Educação, Fernando Haddad, o preferido de Lula, oscila entre 1% ou 2%, dependendo do cenário.
"O PT tem 30%, qualquer que seja o candidato", afirmou o ex-presidente.


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