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Perdas levam governos a reduzir investimentos
LUIZA BANDEIRA
ESTELITA HASS CARAZZAI
DE SÃO PAULO
Os governos que mais dependem do Fundo de Participação dos Estados na composição de sua receita dizem
que a diminuição dos repasses os obriga a cortar gastos,
reduzir investimentos e até a
paralisar obras.
Todos os Estados ouvidos
pela Folha afirmam, porém,
que a folha de pagamento
não foi prejudicada.
No Maranhão, segundo a
secretária-adjunta do Planejamento, Rita Santos, várias
obras estão paradas, entre
elas a construção de escolas.
Para que a folha de pagamento do Estado e o 13º salário não fossem atingidos,
houve também ajuste nos
gastos de manutenção dos
órgãos estaduais.
No Piauí, de acordo com o
secretário da Fazenda, Antônio Silvano Alencar de Almeida, também foram feitos
cortes em diárias, combustíveis, locação de veículos e
contratação de terceiros.
Segundo ele, os investimentos foram afetados. "A
gente gostaria de fazer estrada, energia elétrica, e não
tem o mesmo ritmo. É a mesma coisa da casa da gente:
quando tá apertado a gente
tira o lazer e vai cortando."
No Acre, o governo estima
que os cortes no FPE atingiram R$ 400 milhões nos últimos quatro anos -sendo
R$ 200 milhões só em 2010.
Segundo a Secretaria do
Planejamento, a redução fez
com que o governo tivesse
que diminuir o reajuste salarial para o funcionalismo e
comprometeu investimentos, uma vez que o FPE representa 52% da receita.
Em Alagoas, o secretário
da Fazenda, Maurício Toledo, disse que a perda de recursos foi sentida em várias
áreas, como educação.
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