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PT costura comando da Assembleia em SP
Partido assedia aliados do PSDB no Estado para ocupar a presidência e tirar Legislativo das mãos de Alckmin
Petistas fizeram a maior bancada e teriam, pela tradição do Legislativo,
o direito de ocupar a presidência da Casa
Carlos Sousa Ramos - 11.mar.2008/AAN
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O deputado estadual petista Antonio Mentor, líder da sigla na Assembleia de São Paulo
FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO
Silenciosamente, o PT tenta costurar uma aliança com
diversos partidos para tirar
das mãos do governo eleito
de Geraldo Alckmin (PSDB) o
comando da Assembleia Legislativa de São Paulo.
Com 24 deputados eleitos,
o partido fez a maior bancada
da Casa pela primeira vez em
sua história no Estado e teria,
regimentalmente e pela tradição do Legislativo, o direito
de ocupar a presidência.
Contudo, o PT não tem,
por ora, os votos necessários
para garantir a vaga.
Da Assembleia eleita,
iriam para o lado petista apenas dois deputados do PC do
B, um do PSOL e um do PDT.
Os 28 votos não bastariam
para garantir maioria -a Casa tem 94 parlamentares.
Por causa disso, o PT assedia legendas como PMDB,
PDT e PSB, que estão aliançadas com o governo petista no
plano federal, mas estiveram
ao lados dos tucanos em São
Paulo nos últimos anos.
Por esses apoios, os petistas negociam espaços na máquina federal e composições
para as eleições de 2012.
Além disso, o PT-SP mantém conversas com partidos
que estão fora da base lulista.
No plano que começa a
traçar, a candidatura própria
é uma possibilidade, mas a
tendência mais forte hoje entre os petistas paulistas é oferecer a presidência a um
atual aliado dos tucanos com
bom trânsito na oposição.
Publicamente, o PT admite apenas a intenção de entrar na briga pelo posto.
"Há uma tradição da Casa
e um dispositivo constitucional. A maior bancada elege o
presidente. Estamos conversando com outras forças politicas, defendendo a nossa
posição, que é legítima e legal", diz Antonio Mentor, líder do PT na Assembleia.
"Queremos a democratização da Casa, com acesso a informações e participação de
todos os partidos nas decisões importantes que tenhamos a tomar. Não vamos fazer uma Mesa pra fazer oposição. É para garantir a autonomia do Legislativo", afirma,
cutucando os tucanos.
PSDB
No ninho peessedebista,
três deputados consultam a
bancada e tentam o apoio de
Alckmin para a candidatura:
o atual presidente da Assembleia, Barros Munhoz; o relator do Orçamento, Bruno Covas; e Celino Cardoso.
Munhoz pode ser a opção
segura do partido. Parlamentares da base e da oposição
avaliam que ele atende bem
os pleitos dos deputados.
Covas tem o apreço de
Alckmin e pode ser uma
aposta com vistas à eleição
para a prefeitura em 2012.
Pesa contra ele uma certa
fama de intransigente.
Cardoso também submeterá seu nome à apreciação.
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