São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Reforma de Dilma divide patrões e empregados Argumento é o risco de não pagar aposentados DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA A proposta da presidente Dilma Rousseff de desonerar a folha de pagamento das empresas reduzindo a contribuição previdenciária dividiu patrões e empregados. A medida atende a pleito antigo dos empresários, mas desagrada às centrais sindicais, que prometem se posicionar "radicalmente contra" caso seja aprovada. A Folha mostrou ontem que Dilma pretende mandar ao Congresso proposta de redução da tributação sobre a folha para estimular a contratação formal. As duas maiores entidades sindicais do país, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical, condenaram a iniciativa. "Do modo como está proposto somos totalmente contra. Se fizer isso, a Dilma não terá dinheiro para pagar os aposentados", disse Paulo Pereira, presidente da Força. Com a desoneração, a Previdência perderia, no primeiro ano da medida, pelo menos R$ 9,2 bilhões. "Há três anos os patrões fizeram a mesma proposta. Pregamos que as perdas fossem repassadas para uma tributação sobre o faturamento. Aí recuaram" disse Artur Henrique da Silva, da CUT. O vice-presidente da Fiesp, Roberto Della Manna, pediu negociação entre governo, patrões e empresas. Para o professor de economia da PUC-Rio José Márcio Camargo, a desoneração deve ser prioridade, mas as perdas exigirão compensação. "A desoneração nunca foi feita por isso. Porque não se decide de onde vai sair o dinheiro para cobrir", disse. Texto Anterior: Outro lado: Tribunal só leu o sumário do estudo, afirma entidade Próximo Texto: Lei criada em MG há 9 dias proíbe divulgar nomes de pensionistas Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |