São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 2011

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Senador do PT defende pensão como "salvaguarda"

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BELÉM

Beneficiário de uma pensão vitalícia para ex-governadores do Acre ressuscitada quando ele próprio estava à frente do Estado, o senador eleito Jorge Viana (PT-AC) defende o benefício como uma "salvaguarda".
"Dependendo do perfil de algumas pessoas, que se expõem nas atividades que desempenham, isso pode ser importante", afirmou ele, governador entre 1999 e 2006.
"Eu me expus muito quando ocupei o cargo, e acho que é importante hoje eu ter uma salvaguarda, inclusive para me proteger", disse Viana.
Viana disse que não queria "entrar em detalhes" sobre a natureza das ameaças.
Ele confirmou que recebe o dinheiro, mas disse não se lembrar se a lei recriada em seu governo permite o acúmulo com o salário de senador, de R$ 26,7 mil. "Com certeza vou dar uma olhada com toda a atenção nisso."
Viana disse que também não se lembra em que ano a lei foi recriada. Ela havia sido extinta por Orleir Cameli, seu antecessor no cargo.
Questionado pela Folha sobre o valor do pagamento, ele se recusou a informar e disse que o atual governo -do seu irmão, Tião Viana (PT)- é que deveria responder. Viana só disse que ganha "bem menos" que os R$ 24 mil do governador.
A reportagem pede desde quarta-feira ao governo do Acre dados sobre as pensões. Até a conclusão desta edição, não houve resposta.
O governador do RS, Tarso Genro (PT), disse que vai propor mudanças na lei estadual que regula as aposentadorias. Ele disse que o Estado deveria poder descontar da atual pensão (R$ 24 mil) valores que o beneficiário receba de outras fontes.
Segundo ele, a aposentadoria deveria garantir que os ex-mandatários possam ter uma "vida de classe média".

Colaborou GRACILIANO ROCHA, de Porto Alegre


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