São Paulo, terça-feira, 22 de março de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

Guerra de ninguém

O "New York Times" cruzou o dia com a manchete on-line "Forças de Gadaffi retêm cidade estratégica" e, logo abaixo, "Mísseis e tanques lançam rebeldes em desordem" e "Coalizão rejeita ter matado civis".No "Wall Street Journal", "Aliados mostram divisão". Do "Financial Times", "Racha", relatando que a França iniciou os ataques sem avisar os EUA e o Reino Unido. Por fim, à noite, na manchete do "New York Times", "Racha".
Nos canais de notícias e agências, "Obama diz que transfere controle em dias", porém a "Der Spiegel" deu que ele quer, "mas a Otan não tem acordo para assumir comando", pois "Turquia bloqueia".
À noite, por todo lado, voltou o "ataque a Tripoli", com o Reino Unido dando Gaddafi por "alvo".

 

E a crítica à guerra se alastra. O "NYT" deu no alto da home a coluna de Ross Douthat, dizendo ser "uma guerra muito liberal", multilateralista, "com muitos riscos". E o Politico postou artigo de Richard Haass, presidente do Council on Foreign Relations, "Too much, too late", contra "a terceira guerra por opção", não necessidade, dos EUA no Oriente Médio.

Sem Al Jazeera? O "Financial Times" publicou a longa reportagem "Apoio da Al Jazeera é chave para coalizão", uma "arma" do Qatar, país que participa da intervenção. Mas o apoio parecia escorregar ontem, com o canal priorizando não mais a Líbia e sim o Iêmen -onde os militares racharam após massacre.

"Voz da China" Na manchete do "China Daily" e ecoando nas agências, "Jornal chinês condena ataques aéreos na Líbia". Era um artigo assinado no "Diário do Povo" por "Zhong Sheng" -cujo som em chinês ecoa "Voz do Centro" ou "da China", o que "sugere ser do alto nível do governo".

spiegel.de
"HORRÍVEL" Destacada pelo "Washington Post" e manchete no site Drudge, mas só à noite no "NYT", a alemã "Der Spiegel" publicou fotos de civis mortos e humilhados por americanos no Afeganistão

LIMBAUGH, BECK E A PETROBRAS

Os radialistas Rush Limbaugh e Glenn Beck vêm atacando nos últimos dias a permissão dada por Obama à Petrobras, "a companhia de petróleo do Brasil", para prospectar "no nosso golfo" -o Golfo do México. Conservadores, questionam o fato de George Soros, financiador democrata, investir na Petrobras. O site Media Matters, de Soros, já reagiu garantindo que ele se desfez das suas ações.
E a "Forbes" voltou no tempo para lembrar "Como o "WSJ" iniciou uma tempestade contra a Petrobras". Editorial há dois anos afirmou que Obama financiaria a prospecção da estatal no mar brasileiro, "mas não nos EUA". E desde então, de tempos em tempos, a Petrobras volta à mira.

Dilma lá Sob o título "Por que Obama foi ao Brasil", a colunista ultraconservadora do "WSJ", Mary O'Grady, defendeu a viagem, justificando que "há chance de construir uma nova aliança de política externa [com um governo] que desdenha de ditadores como Hugo Chávez", elogiando Dilma e criticando Lula.

Mais Julia Sweig A diretora da Iniciativa Brasil do Council on Foreign Relations já postou seu balanço dos "Passos importantes de Obama no Brasil". Ele "sai com uma agenda substancial para o futuro", tanto pelo "lado tangível", de acordos em energia e "reuniões de nível ministerial", como pelo "elemento simbólico".

HOLLYWOOD ENTRE NÓS

Ontem no jornal "O Estado de S. Paulo", "o secretário de Comércio dos EUA, Gary Locke, se reuniu com a ministra da Cultura, Ana de Hollanda". Na pauta, propriedade intelectual. A advogada Márcia Regina Barbosa, "nova responsável" pela reforma da lei de direitos autorais no MinC, participou e diz que "ele mencionou que se coloca à disposição do processo de reformulação do projeto".
Dias antes, o lobby dos estúdios e da indústria fonográfica dos EUA soltou documento questionando a flexibilização da lei.

JUNDIAÍ TENTADA PELA MAÇÃ

Saiu no jornal "Bom Dia Jundiaí" na sexta, "Jundiaí é tentada pela maçã", noticiando que a Foxconn, que produz o iPad na China, "teria encomendado estudos" para linha de produção na cidade. "Já pensou em ter um iPad ou iPhone com a marca Jundiaí escondidinha no aparelho?"
Ecoou por Circuit Assembly e outros sites e foi parar na home da "Forbes", lembrando ser um sonho de Eike Batista. E, em Jundiaí, ""Bom Dia" ganha repercussão na "Forbes'".

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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