São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2010

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Mensalão é acusação de "cassado", diz Lula

Presidente afirma estar inconformado com fato de o processo ainda seguir na Justiça

NOELI MENEZES
DE BRASÍLIA

Cinco anos após o maior escândalo de seu governo, o presidente Lula se disse inconformado com o fato de o processo do mensalão ainda estar em curso na Justiça.
Segundo ele, o caso é baseado em acusação de um "deputado cassado", Roberto Jefferson (PTB), que "não apresentou provas" das denúncias que fez.
A declaração foi feita ontem, em entrevista à TV Senado, que deve ir ao ar na sexta-feira, dia 25, às 21h30, no programa "Cidadania".
Lula não citou Jefferson nominalmente e, ao ser questionado sobre a lição que tirou do episódio, defendeu que os responsáveis pelo esquema de compra de votos de congressistas "paguem o que tiverem de pagar".
O ex-deputado e presidente do PTB, por sua vez, acaba de formalizar aliança com o candidato do PSDB à Presidência, José Serra.
O processo do mensalão está no STF (Supremo Tribunal Federal) e tem 39 réus, entre eles o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. A corte rejeitou pedido para tornar Lula réu no caso.
Alvo de cinco multas por propaganda eleitoral antecipada para a candidata a presidente Dilma Rousseff (PT), Lula atribuiu as punições a brechas na Lei Eleitoral, que, segundo ele, não regulamenta a pré-campanha. Afirmou, porém, que vai pagar as multas, que já somam R$ 37,5 mil, se perder os recursos.
Questionado sobre o reajuste de 7,72% aos aposentados que recebem mais de um salário mínimo e o veto ao fim do fator previdenciário, afirmou que seu sucessor terá que fazer uma nova reforma da Previdência, repensando o modelo atual devido ao aumento da expectativa de vida no país.



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A coluna de Nelson de Sá voltará a ser publicada em 5 de julho


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