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PF convoca Erenice para dar depoimento a seis dias da eleição
Ex-ministra tenta adiar comparecimento sob alegação de que ela só deve falar quando polícia obtiver provas
Segundo a defesa, após o escândalo Erenice se mudou para São Paulo e hoje vive na ponte aérea entre a cidade e Brasília
ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA
A Polícia Federal marcou
para a próxima segunda o
depoimento da ex-ministra
Erenice Guerra no inquérito
que apura tráfico de influência na Casa Civil.
A defesa de Erenice tenta
adiar o depoimento dizendo
que ela só deve falar quando
a PF conseguir provas do seu
envolvimento na denúncia.
"Quando estiver formalizada a prova ela vai se apresentar, mesmo não sendo
obrigada a prestar depoimento contra seus ascendentes ou dependentes", disse o
advogado Mário de Oliveira.
Dois filhos da ex-ministra,
Israel e Saulo, são acusados
de operar esquema de lobby
na Casa Civil quando Erenice
era secretária-executiva, e
Dilma Rousseff, ministra.
O marido de Erenice já foi
ouvido pela PF porque a empresa que representa, Unicel,
é acusada de ter sido beneficiada pelo governo.
Oliveira negou que queira
adiar o depoimento devido à
eleição: "A implicação política já ocorreu".
Segundo ele, Erenice está
"muito chateada" porque o
caso envolve seus filhos e se
mudou para São Paulo.
Para o advogado, ela teria
condições de falar agora somente sobre três temas.
O primeiro é a reportagem
da revista "Veja" sobre denúncia do empresário Fábio
Baracat de que pagou para a
empresa de lobby dos filhos
dela ajudarem a MTA.
O segundo, a denúncia de
que a Casa Civil beneficiou a
Unicel, e o terceiro, a reportagem da Folha que revelou
que ela recebeu na Casa Civil
empresários de Campinas,
que depois foram procurados
pela empresa de lobby para
facilitar a liberação de financiamento pelo BNDES.
Oliveira disse que a matéria da "Veja" é "peça de ficção". No caso de Campinas, a
estratégia será desqualificar
o consultor Rubnei Quícoli,
que confirmou à PF ter se encontrado com Erenice.
O TSE multou ontem a ex-ministra em R$ 20 mil por nota divulgada no site da Presidência em que ela ataca o candidato do PSDB, José Serra, chamando-o de "aético" e
"derrotado".
Como servidora, ela não
poderia usar o site oficial para atacar o tucano.
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