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OUTRO LADO
Acusação é falsa e inverossímil, afirma governo
DE BRASÍLIA
A assessoria do governo
do Rio afirmou que o secretário de Governo, Wilson Carlos de Carvalho, "negou veementemente qualquer participação em ato que configure
irregularidade administrativa". Informou ainda que "é
falsa e inverossímil" a afirmação de que Carvalho teria
recebido benefício da Camargo Corrêa, em razão de pagamentos por obras do metrô.
Segundo o governo, a empresa "não foi contratada
nem executou qualquer obra
do metrô neste governo nem
qualquer outra obra".
A Folha, contudo, localizou pelo menos R$ 28 milhões pagos pelo governo a
um consórcio liderado pela
Camargo Corrêa no ano de
2008, por obras contratadas
pela Cedae (companhia estadual de água e esgoto). Segundo a assessoria, a Cedae
"é autônoma e contrata independentemente".
A Camargo Corrêa também integra o consórcio
Construtora Metrô Rio, que
venceu, em 2002, na gestão
de Anthony Garotinho (1998-2002), a licitação para construir um dos lotes da Linha 3.
De acordo com o governo
do Rio, "as obras não chegaram a ser executadas. Foram
embargadas pelo TCU [Tribunal de Contas da União] por
considerar que aqueles contratos estavam irregulares".
O governo do Estado informou ainda que desconhece
qualquer investigação envolvendo o secretário Carvalho.
Procurada por meio de sua
assessoria de comunicação,
a Camargo Corrêa não quis se
manifestar sobre o assunto.
O advogado do consultor
Pietro Bianchi, Celso Vilardi,
afirmou que não comentaria
as investigações da Castelo
de Areia por causa da suspensão da operação. (RV)
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