São Paulo, quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

PRESIDENTE 40 A TRANSIÇÃO

Dilma fica a 2 pastas de fechar ministério

Presidente eleita anuncia mais cinco nomes e praticamente conclui a escolha para os 37 cargos da Esplanada

PT fica com 17 vagas; PSB fecha sua cota sem conseguir aumentar de tamanho e com Ciro Gomes fora do governo

NATUZA NERY
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

ANA FLOR
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

A presidente eleita, Dilma Rousseff, praticamente concluiu ontem a formação do seu futuro governo.
Foram confirmados ontem à noite, em nota, mais cinco nomes. Com isso só ficam pendentes 2 dos 37 ministros que tomarão posse ao lado dela no dia 1º de janeiro. Nenhuma nova pasta foi criada.
Dilma confirmou ontem Fernando Bezerra Coelho (PSB) na Integração Nacional, Leônidas Cristino (PSB) na Secretaria de Portos, o general José Elito Carvalho Siqueira no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) -que é ligado ao ex-ministro José Dirceu- na Secretaria de Relações Institucionais.
Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União, foi convidado a ficar no cargo. A eleita deve definir hoje as vagas ainda pendentes: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Secretaria das Mulheres. Os mais cotados eram respectivamente o deputado eleito Afonso Florence (PT-BA) e a deputada Iriny Lopes (PT-ES).
O PT ficará com quase a metade das pastas da Esplanada -17. Também controlará o maior orçamento livre, R$ 56 bilhões em valores de 2010. O PMDB, do vice Michel Temer, ficou com seis pastas.

PSB
O PSB fechou sua cota sem conseguir aumentar seu espaço. Ciro Gomes também não entrou no primeiro escalão. Na negociação, prevaleceu um dos desenhos iniciais, com duas pastas. Na Integração, com Bezerra Coelho, indicado pelo governador de Pernambuco e presidente do partido, Eduardo Campos, e Portos com Cristino, indicado por Cid Gomes.
A negociação com o PSB conseguiu ser mais difícil e demorada que as conversas para acomodar o PMDB. Tanto que, nos momentos finais das negociações, Dilma decidiu não juntar a secretaria de Portos com o setor aéreo, como esperava o PSB.
Avaliou que o setor de aviação civil é uma área sensível e precisa de alguém com o perfil mais duro para enfrentar crises do que o atual prefeito de Sobral. Por ora, o comando dos aeroportos seguirá sob o guarda-chuva da Defesa. Pode ser anexada a Portos no futuro ou virar um órgão independente.
O PSB queria três pastas para contemplar governadores e a bancada da Câmara. Os deputados, porém, acabaram sem representação.
Dilma manteve ainda os atuais comandantes das Forças Armadas: o general Enzo Peri (Exército); o almirante Júlio Soares de Moura Neto (Marinha) e o brigadeiro Juniti Saito (Aeronáutica).


Texto Anterior: Wikileaks os papéis brasileiros: EUA pressionaram por acordo que dificultava punir abusos
Próximo Texto: Depois de convidar mulher, eleita confirma que Hage fica na CGU
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.