São Paulo, quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Do caos ao vácuo

Em escalada retórica, a manchete no site do "New York Times" apontou "caos" na Líbia. Já no "Wall Street Journal", "Portos de petróleo são fechados".

 

Também no "NYT", logo abaixo, "Sauditas tentam acalmar mercados e afirmam que a Opep está pronta para produzir mais petróleo". O "Financial Times", de Riad, capital saudita, ressaltou a mesma promessa do ministro do petróleo, de "retificação imediata".
E a Reuters, de Riad, ecoou o anúncio na TV estatal do retorno do rei Abdullah, 87, após cirurgia nos EUA. "Mas persistem dúvidas sobre sua saúde" e o temor de "vácuo de poder, uma preocupação global, porque a Arábia Saudita controla um quinto das reservas mundiais e é um aliados vital para os EUA".
Sob o enunciado "Por que a Arábia Saudita está em jogo", a "Foreign Policy" alerta que "a rachadura na blindagem saudita é a província oriental, encharcada de petróleo e xiitas". Como o Bahrein, ao lado.

//DE UM REINO PARA OUTRO 1

O "Washington Post" noticiou que a "Arábia Saudita se diz pronta "com toda sua capacidade" para apoiar a família real do Bahrein caso não se resolva o impasse com a oposição xiita".
Na home do "NYT", abaixo da Líbia, "Xiitas saem para protestar no Bahrein". No texto, foram "mais de cem mil manifestantes, na maior demonstração já vista no país". Em reportagem também destacada, o jornal informa ainda que "ao longo dos anos" os militares americanos, que sediam a 5ª Frota no Bahrein há quatro décadas, "minaram esforços para melhorar as relações com a maioria xiita e minimizaram abusos da família real sunita".

//DE UM REINO PARA OUTRO 2

O primeiro-ministro britânico está em turnê pelo Oriente Médio, dizendo coisas como "Estávamos errados ao apoiar ditadores", ontem no reino do Kuwait. A viagem, diz o "Guardian", carrega a "sombra" de sua comitiva de "oito empresas de armamentos" cujos produtos vêm sendo usados no Bahrein e na Líbia.
E os tabloides britânicos já revelam os convidados para seu "casamento real". Segundo o "Daily Mail", Barack e Michelle Obama não foram lembrados, mas estão na lista os reis de Bahrein, Arábia Saudita e Jordânia, entre outros déspotas do Oriente Médio.

graphics.thomsonreuters.com
No especial da Reuters, a estratégia "soft" dos governos de Lula e Dilma Rousseff para conquistar o continente

//DIFERENTEMENTE DA CHINA

No topo das buscas de Brasil pelo Google News, com "WSJ" e agências, "Petrobras compra metade de reserva no mar do Benin", na África, onde já opera campos de Nigéria, Angola, Namíbia -e Líbia.
Também ontem na África, a Reuters cobriu a visita de Lula à Guiné, para o início da construção de uma ferrovia pela Vale.
A mesma Reuters despachou e publicou especial de seis páginas sobre o esforço do Brasil em diferenciar suas apostas na África -com acordos que envolvem instituições como a Embrapa e a contratação de mão de obra local.

EUA & Brasil Acrescenta a Reuters que Obama deve oferecer, na visita ao Brasil, "novos financiamentos para projetos conjuntos de infraestrutura, de centenas de milhões de dólares ou mais". Não só aqui, mas na África, onde ambos "anseiam conter a influência crescente das empresas chinesas".

& Facebook Ecoou no "NYT" que a "disputa por talento de Google e Facebook" chegou ao Brasil, com a saída de um executivo do primeiro para o segundo.
E a "Exame" postou que o Facebook "já tem registro na Junta Comercial do Estado de São Paulo", para abrir representação no Brasil.

Annie Belt/guardian.co.uk
"DO MAR" No "Guardian", Iemanjá, "a deusa atlântica que une as religiões no Brasil, trazida da África pelos escravos"

//METADE EVANGÉLICO

O americano "The Christian Post" produziu a longa reportagem "Metade da população do Brasil será cristã evangélica até 2020", mantida a taxa de crescimento anual de 7,42%, segundo estudo da organização Servindo aos Pastores e Líderes (Sepal), com IBGE.


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