São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

Civis

channel4.com
Com o caça ao fundo, a enviada do Channel 4 reporta

O britânico Channel 4 entrou com a notícia no meio da tarde. Com jornalista no local da queda do caça americano na Líbia, relatou seis moradores feridos pela "missão de resgate". Um deles disse que os tiros partiram de outro caça americano, que ainda lançou duas bombas de 500 toneladas na área. Foi parar na manchete do "Guardian" e ganhou registro no "New York Times" no meio de um texto, com a confirmação de um militar americano e sublinhando que "nenhum morreu, embora um pequeno garoto possa ter a perna amputada". No fim do dia, o jornal, a exemplo de "Wall Street Journal" e outros, não trazia qualquer menção ao caça ou aos civis na home.

NO CAMPINHO
Reuters/haaretz.com
O "NYT" escondeu os civis líbios, mas destacou quatro palestinos mortos, "três crianças e um avô de 60 anos", em um novo "ataque de Israel". Foi manchete com foto no israelense "Haaretz"

A TURQUIA RESISTE
Na manchete da Al Jazeera, do Qatar, "Turquia bloqueia papel para a Otan" na Líbia. Ressalta que o primeiro-ministro Recep Erdogan -que foi com Lula ao Irã no ano passado- declarou que seu país, membro da aliança militar ocidental, "nunca será do lado a apontar armas contra o povo líbio". Também o "NYT" e outros registraram, sem destaque, mas anotando que Obama ligou para Erdogan por um "esforço internacional amplo".
Ligou também para o emir do Qatar -que quase foi com Erdogan e Lula- para cobrar o apoio militar na campanha.

IÊMEN & BAHREIN
Submanchete no "Financial Times", "Sauditas se preparam para abandonar Iêmen". E "gostariam de transição suave".
Já o agregador Real Clear, influente nos EUA, destacou ontem os artigos "Por que não o Bahrein?", postado pela CNN, cobrando da ONU isonomia com a Líbia; "Bareinitas irados com EUA", por seu apoio "tácito" à repressão, da NPR; e "Sauditas incitam guerra religiosa", criticando a tática de opor sunitas a xiitas no Bahrein, do "Guardian".

BRICS EM BLOCO
Drudge Report e outros destacaram despacho da Reuters falando das "Potências emergentes juntas na oposição" à guerra na Líbia. A longa reportagem enfatiza que "a oposição conjunta pode se tornar um marco de convergência diplomática para o blog Bric", citando a ação adotada em grupo, ontem, para elevação do tom. Diz que "a cúpula do mês que vem será oportunidade para trocarem visões".
Também o "NYT" anotou que o questionamento "se aprofundou fora da aliança ocidental", citando China, Brasil, Rússia e Índia. Também a "Foreign Policy" -que já havia descrito a abstenção dos Brics no Conselho de Segurança como "the Bric wall", a parede Bric, ameaçando a capacidade "do Ocidente de levar a melhor" na ONU.

Sem bomba, não
Sobre a visita ao Brasil, David Rothkopf, ex-governo Clinton, diz na "Foreign Policy" que "a mensagem de Obama aos brasileiros foi que os indianos foram premiados estrategicamente por adotarem um programa de armas nucleares e o Brasil, que evitou tal passo, foi punido".

O mexicano
O ex-chanceler Jorge Castañeda voltou a questionar o Brasil, distribuindo ontem um artigo sobre a viagem de Obama com a tese central de que "a América Latina está se quebrando em duas" -com a América do Sul de um lado e "México, América Central e as ilhas do Caribe" de outro.

INVEJA DE PRÉ-SAL
wsj.com
No "WSJ", a "sabedoria energética de Obama"
Em vídeo postado acima da manchete, o "WSJ" se uniu aos críticos de Obama, "que está tão excitado com a prospecção no mar do Brasil, mas não permite aqui". Sobrou para a "autarquia" Petrobras.
O "Investor's Business Daily" deu editorial com o mesmo argumento.
E na Fox News um executivo da Gulf Oil qualificou Obama como "hipócrita": "O que é que o Brasil tem que nós não temos?".

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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