São Paulo, segunda-feira, 23 de maio de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ todamidia.folha@uol.com.br

A laranja, a sardinha

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Na Globo, "Abaixou o precinho! De R$ 5, agora é R$ 2! Vamos, dona!"

Na escalada do "Jornal Nacional", "inflação em queda nos alimentos", com sequência de feirantes. "Abaixou o precinho! De R$ 5, agora é R$ 2! Vamos, dona!", bradou o primeiro. "Laranja abaixou, caqui abaixou", informou um vendedor de frutas. "De R$ 7,80 agora está custando R$ 6 a sardinha", disse um vendedor de peixes. "Daqui a uns 15 dias vai diminuir uns 30%", disse outro, de batatas.
Mas, alerta o telejornal, "há perigo no horizonte". Um economista diz que "a maior preocupação agora é que vamos ter os dissídios coletivos".

//O TESTE
No "Wall Street Journal", sexta, Paulo Prada escreveu que "Político brasileiro é pressionado por riqueza recente", sobre a cobrança de partidos de oposição a partir de reportagem da Folha. Na Associated Press, "Líder do Brasil enfrenta dor de cabeça com reportagem sobre alta na renda de assessor". E na Reuters, antes, "Alegações sobre Palocci são teste para Rousseff".
Por outro lado, em manchete no "Estado", sábado, "Lula pede que governo não baixe a guarda no caso Palocci" e se diz "convencido de que ataque partiu do PSDB, mais especificamente, José Serra".

Lula lá
Semana passada, em palestra para "bilionários latino-americanos e seus herdeiros", em Comandatuba, na Bahia, Lula "deu ênfase à economia, com números, e evitou falar sobre Palocci". O encontro teve "engarrafamento de jatinhos" e reuniu "as famílias Slim, Cisneros e Marinho", entre outras, segundo o iG. No dia seguinte, na Nicarágua, Lula foi ao encontro do Foro de São Paulo e, segundo o Ópera Mundi, lembrou que, quando criado, há 21 anos, o grupo "ainda não havia aprendido a lição básica que permitiria à esquerda chegar ao poder: é preciso unir os diferentes para derrotar os antagônicos".

FHC também
Também no dia seguinte à palestra de Lula aos bilionários, FHC saudou como "homem público" o presidente do conselho do Santander Brasil, Fábio Barbosa, o Homem do Ano da Câmara Americana de Comércio, no hotel Waldorf Astoria, em Nova York. Foi "a primeira vez, em 41 anos, que o homenageado foi apresentado por um ex-presidente", segundo o iG.

FHC também participou, em Washington, de um jantar de seis ex-presidentes latino-americanos, como Ernesto Zedillo (México) e Alejandro Toledo (Peru), com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, segundo "NYT" e outros.

//NEOLIBERAL, NÃO
A entrevista de Guido Mantega à Folha ecoou na cobertura de sucessão do FMI, com o "WSJ" destacando a longa reportagem "Brasil aberto a FMI liderado por europeu". O recuo do ministro se deu, segundo Patrícia Campos Mello, "diante da atual seleção de candidatos dos emergentes, todos de viés mais conservador, como o mexicano Agustín Carstens", indicado ontem pelo México, segundo a Reuters.
O único candidato "mais alinhado a reformas" é o indiano Montek Singh Ahluwalia, que a Índia "pode indicar" para o FMI, segundo a agência PTI.

Alemanha vs. China
Do conservador "Die Welt" ao "Süddeutsche Zeitung", de centro-esquerda, a imprensa alemã defendeu um europeu no FMI. Já o "Diário do Povo", do PC chinês, em editorial republicado no "China Daily", proclamou que "O novo chefe do FMI deveria vir da China".

Nem um nem outro
Em entrevista à estatal alemã Deutsche Welle, o ex-chanceler "Celso Amorim critica europeus e defende emergente no FMI", mas anota que "se for da China seria forte demais". No "Valor", por outro lado, "Amorim critica Rússia e China por resistirem à reforma da ONU".

//ENTRE ISRAEL E PALESTINA
"Obama desafia Israel a fazer escolhas difíceis", na manchete on-line do "NYT" para seu discurso ao "principal lobby americano pró-Israel", o Aipac. Já na Al Jazeera, "Obama: Nenhuma votação da ONU jamais criará a Palestina".
E em entrevista à BBC ele disse que "Plano para ONU reconhecer Estado palestino é pouco realista", manchete da BBC Brasil.
George Mitchell, que até a semana passada foi o enviado de Obama às negociações, falou à ABC que o "objetivo maior [de defender as fronteiras de 1967] é evitar um desastre para Israel na Assembleia Geral da ONU" -que vota em setembro o Estado palestino.

Eleição 1
O âncora David Gregory (NBC) deu que, de olho em 2012, "republicanos querem pegar Obama" pelo discurso, acusado por Mitt Romney de "jogar Israel debaixo do ônibus". Eleição 2 Já a campanha de Obama lançou comercial de ataques a Romney, sexta. E Gregory anunciou ontem que outro republicano, Mitch Daniels, desistiu, manchete de Drudge e "WSJ".

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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