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Câmara do DF cassa deputada da bolsa
Por 16 votos a 3, Eurides Brito é a primeira deputada distrital envolvida com o mensalão do DEM a ser cassada
Com a decisão, Eurides ficará inelegível por 8 anos; advogado estuda recorrer à Justiça contra a deliberação da Câmara
FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA
A Câmara Legislativa do
DF cassou ontem a deputada
distrital Eurides Brito
(PMDB), filmada colocando
dinheiro na bolsa, por quebra de decoro parlamentar.
Ela foi a primeira deputada
ligada ao esquema do mensalão do DEM a ser cassada.
Eurides aparece em vídeo
entregue à Justiça pelo delator do mensalão do DEM,
Durval Barbosa, recebendo
pacotes de dinheiro e guardando-os na bolsa. Barbosa
afirma que o dinheiro era do
mensalão, e ela diz que era
verba da campanha de 2006.
Graças a uma decisão judicial obtida por Eurides, os deputados não foram obrigados a votar em aberto, como
manda a lei distrital. Por 16
votos a 3, eles entenderam
que o vídeo prova a participação de Eurides no esquema. Quatro deputados se
abstiveram, e um faltou.
Com a decisão, Eurides ficará inelegível por oito anos.
A relatora do processo, deputada Érica Kokay (PT), pediu
a cassação de Eurides por
corrupção e formação de
quadrilha.
Além de Eurides, os deputados distritais Leonardo
Prudente (sem partido) e Júnior Brunelli (PSC) foram filmados recebendo dinheiro
do mensalão, mas renunciaram para evitar a cassação.
Eurides não foi à sessão de
ontem. Seu advogado analisa a possibilidade de recorrer
da cassação na Justiça.
Com a cassação da deputada, quem assume é o deputado distrital Roberto Lucena,
irmão do empresário Gilberto
Lucena, suspeito de ter abastecido o mensalão do DEM. A
Câmara decide amanhã se dá
continuidade aos processos
contra cinco deputados.
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