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Tarso enfrenta greves e protestos de aliados contra pacote financeiro
Projeto quer aumentar contribuição previdenciária de servidores
FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE
Há menos de seis meses no
cargo, o governador do Rio
Grande do Sul, Tarso Genro
(PT), enfrenta protestos de
tradicionais aliados, uma
ameaça de greve e até um levante de magistrados.
A resistência decorre de
um pacote que o governador
tenta aprovar na Assembleia
para aumentar contribuições
à Previdência de uma parte
do funcionalismo.
Chamada de "pacotarso"
pelos opositores e de "Plano
de Sustentabilidade Financeira" pelo governo, a proposta desagrada a sindicatos
tradicionalmente alinhados
ao PT, que a classificam de
"privatização" do sistema
previdenciário.
Os professores da rede estadual, liderados por uma
petista, suspenderam as aulas por um dia na semana
passada e vão paralisar as
atividades novamente nos
dias de votação do projeto.
Os juízes do Estado também podem ter mudanças na
contribuição e se mobilizam.
Anteontem, se reuniram com
deputados de oposição.
O centro de Porto Alegre
está tomado por cartazes e
outdoors com críticas a Tarso, assinados por sindicatos
e partidos. Um dos lemas dos
cartazes é "retire o pacote ou
o Estado vai parar".
A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia
ainda analisa a proposta,
que pode ser votada na semana que vem.
O pacote inclui ainda alterações nas regras de pagamento de dívidas originadas
de processos na Justiça e institui a cobrança por inspeção
veicular no Estado.
Anteontem, a Ordem dos
Advogados do Brasil, a Associação do Ministério Público
Estadual e a dos delegados
da Polícia Civil do RS divulgaram nota criticando o plano. Os opositores afirmam
que o plano é inconstitucional por criar diferentes patamares de contribuição, de
acordo com o salário.
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