DE SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo e presidente do diretório regional do DEM, Gilberto Kassab, afirmou ontem que Selmo Santos, candidato a deputado federal pela legenda, será expulso do partido.
Como revelou a Folha, Santos, que declarou um patrimônio de R$ 91,6 milhões, incluindo uma universidade que existe só no papel, está preso desde janeiro por estelionato. Ainda assim, teve a candidatura homologada pelo partido, ao qual é filiado desde 2007.
"Com essa clareza das evidências, ele será expulso do partido", disse o prefeito, que admitiu falha do diretório regional do partido na análise dos candidatos.
No entanto, não disse quem bancou o nome de Selmo Santos dentro da legenda.
Anteontem, o deputado federal Guilherme Campos, responsável pela análise e encaminhamento das candidaturas do DEM ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral), disse que Santos foi uma indicação da "área política".
Campos afirmou não ter checado as declarações de bens apresentadas pelos postulantes e posteriormente encaminhadas pelo partido à Justiça Eleitoral.
O DEM busca associar a imagem do partido à Lei da Ficha Limpa, cujo relator na Câmara foi Indio da Costa (DEM-RJ), vice na chapa de José Serra (PSDB) à Presidência.
Selmo Santos e a Unilma (Centro Universitário Livre do Meio Ambiente) chegaram a ser alvo de investigação da Polícia Civil de São Paulo em 2009, após a apreensão de um carro em nome da entidade.
A suspeita é que a universidade seja fachada para lavagem de dinheiro, mas a apuração não foi aprofundada.


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