São Paulo, sexta-feira, 23 de julho de 2010

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Surpresa no mercado

"Só três analistas, entre 51 pesquisados pela Bloomberg, previram o aumento de 0,5 ponto", destacou a agência. A maioria apontou elevação maior nos juros. A Bloomberg foi até entrevistar os três.
A agência e outras despacharam reportagens em série para redesenhar o quadro. O "Wall Street Journal" explicou longamente o significado da alta "comparativamente modesta". O "Financial Times" postou em dois blogs e publicou, do correspondente Jonathan Wheatley, que foi "menos que o esperado" e se soma "ao crescente consenso de que a economia perdeu gás". Anotou que "analistas que antes se preocupavam com a lentidão do Banco Central em elevar os juros se preocuparam recentemente, pelo contrário, se ele não havia elevado demais".
O presidente do BC achou por bem falar no fim do dia, no blog Radar, que a decisão foi "técnica" e que a previsão "foi ultrapassada pelos fatos".



CONFIANÇA LATINA

O instituto Brookings, de Washington, influente no governo Obama, postou longa "pesquisa e análise" com um novo "Índice de Recuperação Econômica da América Latina".
Maurício Cárdenas, diretor para a região, saudou a "resistência memorável", resultado da "força dos fundamentos macroeconômicos", mas também de "alguma sorte" dos exportadores de commodities, beneficiados pela China.
O Brasil tem "a recuperação mais forte" e, aliás, seu "índice de confiança mostra um comportamento de superstar". A confiança das empresas e dos consumidores não foi atingida pela crise de 2008-2009.

Quente O âncora Jim Cramer, do programa "Mad Money", da CNBC, identificou "ventos de cauda" a estimular o mercado. O primeiro é que "a China está de volta". O segundo, "o Brasil está quente" -e "muitas empresas vêm mencionando a demanda no Brasil com o mesmo fôlego da China".

China ajudou Em reportagem sobre relatório da Cepal, da ONU, que apontou a recuperação da América Latina, o chinês "Global Times", o mais nacionalista dos jornais estatais em inglês, publicou que "as relações comerciais com a China ajudaram" a região a sair da crise "rapidamente".

elpais.com
No "El País", "a região mais desigual do mundo"

FUKUYAMA & BOLSA FAMÍLIA

O espanhol "El País" publicou ontem longo especial sobre desigualdade na América Latina, com artigos de acadêmicos, políticos e artistas. Entre eles, o filósofo americano Francis Fukuyama, que foi celebrizado por proclamar "o fim da história" após a queda do muro de Berlim.
Ele escreve que, "efetivamente, as políticas sociais inovadoras, como os programas de transferência, tais como Bolsa Família no Brasil, foram parcialmente responsáveis pela diminuição da desigualdade que se viu nos últimos dez anos". Defendeu que "os governos precisam promover programas sociais sustentáveis para os marginalizados, mas que também criem condições para fomentar o crescimento econômico e o espírito empresarial".

economist.com
MAIS FAVELA Em resenha sobre "Favela", da americana Janice Perlman, a "Economist" destaca o que aconteceu com 750 pessoas que ela pesquisou originalmente nos anos 70. "Mais da metade" saiu do morro, com "educação, trabalho duro e sorte". Porém "muitos do grupo estudado, seus filhos e netos, foram pegos no fogo cruzado" do tráfico

HILLARY NO COMANDO

O Senado americano cortou o projeto que previa "limites à emissão de gases de efeito estufa", postou o "Wall Street Journal" na manchete, num "grande golpe para uma das prioridades de Obama".
Por outro lado, notando que Hillary Clinton vem ganhando destaque na cobertura, o Drudge Report destacou, sobre a criação de uma divisão armada no Departamento de Estado, "Hillary no comando".
Dias antes, o "New York Times" havia postado um ataque aos assessores de política externa da Casa Branca, cobrando que Obama libere pontos de conflito, como Israel e o Irã, para Hillary gerenciar.



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