São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2010

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Primeiro-secretário afirma que gravação foi editada

COLABORAÇÃO PARA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
DE CUIABÁ
DE PORTO ALEGRE

O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Ary Rigo (PSDB), negou que tenha feito pagamentos ilícitos ao governador André Puccinelli (PMDB), a deputados e membros do Tribunal de Justiça e Ministério Público Estadual.
O tucano alegou que o vídeo no qual aparece dizendo que devolvia R$ 2 milhões em dinheiro ao governador foi editado e "não traduz a conclusão apresentada". Na gravação, ele também afirmou que pagava R$ 900 mil a desembargadores, R$ 300 mil a membros da Procuradoria e R$ 120 mil a cada deputado.
Segundo ele, os valores mencionados se referem a economia feita na Assembleia para permitir ao Executivo aumentar repasses institucionais a outros Poderes.
A versão foi contestada pelo secretário de Governo de Dourados, Eleandro Passaia, que gravou a conversa.
"Quando o Rigo falou comigo, ele estava falando de dinheiro sujo", disse o jornalista. "Mas o vídeo é aquilo mesmo. Não teve trucagem."
Ontem, Puccinelli disse que Rigo foi "extremamente infeliz" em falar dos repasses do governo do Estado.
"Para o governo, é devolução." Em nota, ele havia dito que gravações têm cunho eleitoreiro e que os repasses foram oficiais.
A assessoria do Tribunal de Justiça informou que é impossível verificar o repasse de R$ 900 mil como parte do repasse constitucional caso não seja apresentada uma data específica. O Judiciário tem direito a 6,3% da receita.
O Ministério Público do Estado disse que está avaliando se os R$ 300 mil conferem com transferências legais e a Assembleia disse que também iniciou levantamento.
O governo se negou a repassar os dados e disse que o assunto deve ser tratado diretamente com Puccinelli. (SILVIA FRIAS, RODRIGO VARGAS e GRACILIANO ROCHA)


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