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Justiça de MS inocenta delegado da PF da acusação de vazamento
Policial era suspeito de passar informações sigilosas a quadrilha
RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ
A Justiça Federal de Mato
Grosso do Sul inocentou o
delegado Aldo Roberto Brandão, da Polícia Federal, da
acusação de ter sido responsável, em 2007, pelo vazamento de informações sigilosas a integrantes de uma
quadrilha de caça-níqueis.
A absolvição foi requerida
pelo Ministério Público Federal, que entendeu que no curso do processo ficou provada
"a inexistência do fato"
-causa de absolvição prevista no inciso 1 do artigo 386 do
Código de Processo Penal.
Em nota, o delegado qualificou a acusação como um
"factoide" criado pela "então
cúpula da PF em Campo
Grande", na tentativa de
"achar um culpado para o
fracasso da investigação".
"Fez-se muito barulho por
nada, os resultados foram pífios", afirma a nota.
Aldo Brandão, que à época
chefiava a Delegacia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio da PF-MS, teve seu
nome citado em um telefonema por um dos suspeitos de
participação no esquema ilegal, que apenas naquele ano
foi alvo das operações Artêmis 3 e Xeque-Mate.
No diálogo, o suspeito dizia que o delegado o havia
aconselhado a tirar as máquinas caça-níqueis de circulação, em razão da possibilidade de uma nova operação
da Polícia Federal.
O delegado disse que apenas comentou, em uma barbearia, o noticiário dos jornais sobre a Operação Artêmis 3, que havia ocorrido no
dia anterior e na qual foram
apreendidas 465 máquinas
caça-níqueis.
"Uma pessoa que se encontrava no mesmo local comentou: "Desse jeito a Polícia
Federal vai acabar com os caça-níqueis". Retruquei: "A
tendência é essa", e o assunto
foi encerrado", diz a nota.
A superintendência da PF
disse, por meio de sua assessoria, que não iria comentar
as afirmações do delegado.
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