São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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OUTRO LADO

Tribunal de Contas e Controladoria aprovaram convênios, diz Pezão

DO RIO

O vice-governador Luiz Fernando de Souza (PMDB), o Pezão, afirmou que os convênios questionados pelo Ministério Público Federal foram aprovados pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) e por auditoria da própria CGU (Controladoria-Geral da União) em 2004.
Relatório do órgão apontou as supostas fraudes dois anos depois.
Pezão afirma que não teve direito de se defender da auditoria da CGU, base para as ações do Ministério Público.
"O caso foi para o Ministério Público [Federal] antes de sermos ouvidos", disse.
O vice-governador diz que pedia emendas a todos os parlamentares do Rio de Janeiro. Ele afirma ainda que desconhecia o esquema da máfia dos sanguessugas, a qual seu nome foi vinculado pela Procuradoria.
A secretária de Saúde de Piraí, Maria da Conceição Rocha, ré em quatro dos processos, afirma que os auditores da CGU desconsideraram as especificações do material comprado pelo município na hora de calcular o suposto prejuízo.
"Colocaram o preço, por exemplo, do respirador padrão. Mas não dizem qual padrão. Há marcas e qualidades diferentes de cada produto", disse ela.
A secretária mostrou ainda fotos de ambulâncias com ar-condicionado nas quais, segundo a CGU, não havia o aparelho.
Rocha diz que as empresas participantes da máfia disputaram outras licitações, mas perderam.
"Essas empresas forneciam para todo o país. Não havia como não aceitar que participassem."
Pezão questionou a inclusão de seu nome em processo sobre licitação de 2005, quando já não era prefeito da cidade.
O Ministério Público Federal diz tê-lo incluído porque o convênio com o Ministério da Saúde foi firmado em 2004.
"Nunca tive qualquer multa da CGU [quando prefeito]. Vou ganhar tudo", disse.
Os ex-deputados Luisinho e Paulo Balthazar, réu num dos processos cada, não foram localizados.


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