São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Prepare-se

No "Independent", Robert Fisk chegou à capital, Trípoli, que descreve na manchete como "Uma cidade sob a sombra da morte" e já "afundada na anarquia". E o "Guardian" chegou a Benghazi, para a manchete "A primeira cidade livre da Líbia".

 

Já o "Financial Times" fechou o dia com manchete para a distribuição de US$ 36 bi pelo rei da Arábia Saudita, visando "frear a agitação", e para o "dia de fúria" convocado pela oposição saudita.
Antes, no papel, o "FT" deu artigo de Michael Levi, do Council on Foreign Relations, principal instituição de política externa dos EUA, sob o título "Prepare-se para o choque saudita no preço do petróleo". Alerta que "não sabemos como nossa economia globalizada vai reagir ao impacto geopolítico" e defende preparar desde já medidas de "curto prazo".

drudgereport.com
No Drudge Report, a perspectiva de faltar combustível com a crise que se aproxima agora da Arábia Saudita

Bahrein vale mais Sob o título "Por que o Bahrein importa (mais que a Líbia)", o site de "previsão estratégica" Stratfor avisa que "a Líbia está dominando a mídia, mas há agitação em lugares estrategicamente mais significativos". Diz que, se o Bahrein "sair do controle", afetará 5ª Frota e Arábia Saudita -e "desequilibrará a balança iraniano-saudita da região para o lado do Irã".

Irã, a realidade No site do Council on Foreign Relations, manchete para as "Realidades econômicas do Irã", entrevistando Suzanne Maloney, da instituição Brookings. Em suma, ela diz que o Irã não é o Egito. Nem a oposição quer derrubar o regime islâmico, só o governo. Pior, as sanções obrigaram o país a reformas que "racionalizam" e melhoram o desempenho da economia.

//DE UM REINO PARA OUTRO

Na home da Al Jazeera, final do dia, nada de Arábia Saudita. O canal do Qatar, reino vizinho e tão antidemocrático quanto o saudita, já foi criticado pelo "New York Times" pela cobertura enviesada do Golfo Pérsico, há cerca de um mês. O jornal lembrou que o Qatar chegou a ser invadido por forças sauditas, como aviso para a Al Jazeera. Não tem sido diferente, nos últimos dias, sua cobertura do Bahrein, também vizinho.
Ao fundo, sites de mídia como o Cutline informam que a Al Jazeera se reuniu com a operadora de cabo Comcast para iniciar a distribuição nos EUA.

//ISRAEL SE MOVE

Manchete nos israelenses "Haaretz" e "Yediot Ahronot", no fim do dia, "Foguetes atingem Beersheba pela primeira vez desde a guerra de Gaza".
E na home do "NYT", em meio à cobertura do Oriente Médio, longa reportagem mostrou que, "Conforme os regimes árabes balançam, Israel se atormenta", vendo "muitos dos parceiros mais confiáveis sendo fustigados ou desintegrados".
Para o primeiro-ministro israelense, destacado no "Haaretz", a instabilidade na região deve se estender por anos -e a prioridade é garantir que acordos com Egito e Jordânia não se "evaporem", como aconteceu com as relações de Israel com o Irã e a Turquia. Ontem mesmo, permitiu a entrada de centenas de refugiados palestinos da Líbia na Cisjordânia, segundo ele, atendendo a "pedido pessoal" do presidente da Autoridade Palestina.

amcham.org.ni
Como anota o "NYT", o logo da organização usa a bandeira dos EUA

//O GRANDE LOBBY

Mais do "NYT", que volta a noticiar com o WikiLeaks, "grupo anti-segredos".
Na submanchete pela manhã, o jornal noticiou que "Grupo ligado aos EUA avançou sobre política da Nicarágua". A AmCham, representante local da U.S. Chamber of Commerce, maior lobby empresarial americano, "liderou uma campanha de reuniões secretas com líderes da oposição no esforço de derrotar Daniel Ortega este ano".
Os despachos "iluminam o papel extraordinário que as 100 afiliadas da Chamber of Commerce às vezes jogam em suas nações anfitriãs". Em Honduras, "por exemplo, a AmCham apoiou o golpe de 2009" e depois pressionou a Casa Branca a desistir de cobrar o retorno do presidente deposto, Manuel Zelaya.

China 1 O estatal "China Daily" voltou a destacar notícias sobre a proximidade do país com o Brasil -caso do acordo fechado entre os mercados de ações de Xangai e São Paulo, inclusive com a entrada de uma empresa chinesa na Bovespa, que ecoou também no "WSJ".

China 2 O jornal deu também entrevista com o presidente da Petrobras, "entusiasmado em cooperar". Diz ele que "analisa outras oportunidades futuras de cooperação com empresas chinesas". E que a China já é "um dos maiores compradores" da empresa brasileira.


Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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