São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 2011

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Auditoria reprova contratos investigados no caso Erenice

CGU vê problemas "graves" em decisões que beneficiaram parentes da ex-ministra

Apuração, porém, não apontou irregularidade em suposto lobby feito por filho da petista, que comandava Casa Civil

DE BRASÍLIA

A CGU (Controladoria-Geral da União) encerrou ontem as investigações de denúncias envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra e familiares dela. Foram apontadas irregularidades "graves" em 3 dos 9 fatos investigados.
Braço direito da presidente Dilma no governo Lula, Erenice deixou o ministério em setembro do ano passado, após a Folha revelar que ela tinha recebido um empresário que negociou contrato com firma de lobby de um filho dela.
Não houve irregularidade nesse caso, segundo a CGU.
A controladoria considerou, porém, que a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) beneficiou a empresa de telefonia Unicel ao conceder a ela uma faixa de frequência em condições privilegiadas e recomendou que a agência suspenda imediatamente a outorga.
A Unicel era dirigida à época pelo marido da então ministra Erenice. A CGU recomenda à Anatel que abra processo para investigar os responsáveis por terem beneficiado a empresa e não apontou culpados.
A controladoria também apontou "irregularidade grave" num convênio entre o Ministério das Cidades e a Fundação Universidade de Brasília que causou prejuízo de R$ 2,1 milhões aos cofres públicos. Segundo a CGU, o trabalho não foi entregue.
José Euricélio, irmão de Erenice, era coordenador-executivo de projetos na editora da UnB.
A CGU também apontou problemas graves na contratação pelos Correios da empresa aérea MTA Linhas Aéreas em contratos que somavam R$ 59,8 milhões.
Erenice não foi encontrada para comentar o caso.


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