São Paulo, quinta-feira, 24 de março de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

As horríveis hipocrisias

De uma hora para outra, às 13h o "New York Times" derrubou a Líbia da manchete para o quinto destaque na home. E voltou ao Japão, onde a água é radioativa e "o otimismo com Fukushima se esvanece". Também a morte de Elizabeth Taylor ficou mais importante que a guerra, na avaliação do jornal. E no seu post "mais popular" o colunista Thomas Friedman questionava a guerra: "Nós não temos como pagá-la".
No Council on Foreign Relations, manchete do site, "Questões se amontoam sobre ataque" -e mais dois artigos contra a guerra, do presidente e do presidente emérito da instituição, este último com o enunciado "As horríveis hipocrisias na Líbia". E na Brookings: "EUA estão preparados para longo prazo?".

 

No alto do Drudge Report, "No apoio aos rebeldes: Al Qaeda...". Linkou despacho da Reuters, noticiando que o "Gulf News", do Qatar, recebeu o vídeo de um "alto membro da Al Qaeda" em apoio "ao povo líbio".

TROCA DE GUARDA
ft.com
Ontem no "Financial Times" e no "Valor", a coluna de Martin Wolf abordou "Como a China deve governar o mundo". Diz que é "a sucessora dos EUA como guardiã do sistema livre de comércio"

CHINA, BRICS E OS EUA
Qu Xing, presidente do Instituto de Estudos Internacionais da China, da chancelaria chinesa, chamou entrevista ontem, despachada depois pela americana AP e pela indiana PTI, para comentar que, "neste momento, os Brics são ainda um clube ad hoc, um corpo consultivo focado em como gerir a governança econômica global". Mais precisamente, "os Brics mantêm sólidas relações com os EUA" e "não vão tomar o país como alvo". Ele avalia que "não é hora de o grupo ter uma agenda política comum", porém "pode ser diferente no futuro".
Por outro lado, o porta-voz da chancelaria, Jiang Yu, declarou, sobre a cúpula Bric em abril, na China: "Esperamos que amplie a confiança política entre os países membros".

SIMBOLISMO E SÓ
Obama fechou a viagem e saem os primeiros balanços, lá. Em editorial, o "Financial Times" diz que "ele estava certo em ir" e sublinha sua "performance no Brasil", onde não endossou o Conselho de Segurança, mas "concordou em discordar" sobre o Oriente Médio -em "parceira de iguais"" com Dilma, "reflexo do poder reduzido dos EUA". Na análise de "Wall Street Journal" e "Miami Herald", deixa frustração. Só ofereceu "atenção e respeito".
Em editorial, a estatal Voz da América ressaltou que os EUA exportam "três vezes mais" para a América Latina do que para a China -e a perspectiva é ampliar, com o Brasil virando "quarta ou quinta economia nas próximas décadas".

CONTRA O PRÉ-SAL
A Fox News segue no ataque a Obama "por incentivar prospecção no mar do Brasil". Destacou republicanos como o senador David Vitter, de Louisiana, para quem "é ridículo ignorar nossos recursos e seguir de mãos dadas com países como a Arábia Saudita e o Brasil, implorando para que produzam mais".
A controvérsia já chega aos democratas. No "National Journal", do senador Mark Begich, do Alasca: "Obama não precisa ir até o Brasil para encontrar uma "nova, segura e estável" fonte de petróleo".

HORA DE COMPRAR BRASIL?
Ontem na "Forbes", "É hora de comprar Brasil", avisando que "Wall Street e investidores estão preferindo os EUA no lugar dos mercados globais, mas alguns sinais técnicos interessantes estão sugerindo Brasil". Cita a Petrobras.
Antes, na Bloomberg, o Pimco, tido como o maior fundo de investimento, "diz que os investidores devem comprar dívida empresarial na Rússia, no Brasil e em outros emergentes".

"O SUL DESENVOLVIDO"
Rebecca Blackwell/guardian.co.uk
No "Guardian", com foto de Lula no Senegal, "Como será a ajuda humanitária em 2031?". Imagina se "o crescimento de China, Brasil e Índia pode mudar para sempre" o quadro

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