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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
PF investigará quebra de sigilo de tucano
Senado convida secretário da Receita para depor sobre vazamento de informações de Eduardo Jorge do fisco
Polícia diz que União quer esclarecer caso; Receita informa, por meio de assessoria, que não irá se manifestar
Jorge Araújo/Folhapress
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Ao lado de Alckmin e Quércia -candidatos ao governo de SP e ao Senado- Serra cumprimenta artista de rua durante caminhada em Guarulhos (SP)
DE BRASÍLIA
A Polícia Federal decidiu
abrir investigação sobre a
quebra do sigilo fiscal e bancário do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira.
Conforme a Folha revelou
no último dia 12, o chamado
"grupo de inteligência" da
pré-campanha de Dilma
Rousseff (PT) levantou dados
confidenciais do dirigente tucano disponíveis apenas nos
sistemas da Receita Federal.
Dois dias após a publicação da reportagem, o PT divulgou nota negando participação do partido no episódio
e ingressou com um pedido
na PF para que fosse instaurado um inquérito para apurar "a veracidade" e a "autoria" do ato ilegal.
Anteontem, a Corregedoria-Geral da PF emitiu parecer pela abertura da investigação, a ser conduzida pela
Superintendência Regional
do órgão no Distrito Federal.
A corregedoria baseou sua
decisão no artigo 325 do Código Penal, que especifica a
violação do sigilo funcional.
A pena para esse tipo de crime vai de multa a detenção
de seis meses a dois anos.
Em nota, a PF informou
que assumia a competência
do caso porque a "União, representada na figura da Receita Federal, tem interesse
no esclarecimento dos fatos,
para descobrir se esses dados
teriam "vazado" do banco de
dados do fisco".
Ontem, senadores da oposição aproveitaram a ausência de congressistas da base
aliada para aprovar convite
ao secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, para
depor na CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) sobre
a quebra do sigilo fiscal de
Eduardo Jorge.
Cartaxo tem o direito de escolher a data para ser ouvido.
Em outras ocasiões, como
quando os senadores convidaram Dilma para depor, o
governo conseguiu derrubar
o requerimento.
Há duas semanas a reportagem tem procurado a Receita e o órgão informa, por
meio de sua assessoria de imprensa, que não irá se manifestar sobre o assunto.
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