São Paulo, quinta-feira, 24 de junho de 2010

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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010

PF investigará quebra de sigilo de tucano

Senado convida secretário da Receita para depor sobre vazamento de informações de Eduardo Jorge do fisco

Polícia diz que União quer esclarecer caso; Receita informa, por meio de assessoria, que não irá se manifestar


Jorge Araújo/Folhapress
Ao lado de Alckmin e Quércia -candidatos ao governo de SP e ao Senado- Serra cumprimenta artista de rua durante caminhada em Guarulhos (SP)

DE BRASÍLIA

A Polícia Federal decidiu abrir investigação sobre a quebra do sigilo fiscal e bancário do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira.
Conforme a Folha revelou no último dia 12, o chamado "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) levantou dados confidenciais do dirigente tucano disponíveis apenas nos sistemas da Receita Federal.
Dois dias após a publicação da reportagem, o PT divulgou nota negando participação do partido no episódio e ingressou com um pedido na PF para que fosse instaurado um inquérito para apurar "a veracidade" e a "autoria" do ato ilegal.
Anteontem, a Corregedoria-Geral da PF emitiu parecer pela abertura da investigação, a ser conduzida pela Superintendência Regional do órgão no Distrito Federal.
A corregedoria baseou sua decisão no artigo 325 do Código Penal, que especifica a violação do sigilo funcional. A pena para esse tipo de crime vai de multa a detenção de seis meses a dois anos.
Em nota, a PF informou que assumia a competência do caso porque a "União, representada na figura da Receita Federal, tem interesse no esclarecimento dos fatos, para descobrir se esses dados teriam "vazado" do banco de dados do fisco".
Ontem, senadores da oposição aproveitaram a ausência de congressistas da base aliada para aprovar convite ao secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, para depor na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) sobre a quebra do sigilo fiscal de Eduardo Jorge.
Cartaxo tem o direito de escolher a data para ser ouvido. Em outras ocasiões, como quando os senadores convidaram Dilma para depor, o governo conseguiu derrubar o requerimento.
Há duas semanas a reportagem tem procurado a Receita e o órgão informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que não irá se manifestar sobre o assunto.


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