São Paulo, domingo, 24 de julho de 2011

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Painel

RANIER BRAGON (interino) - painel@uol.com.br

No limite

A corrida de Gilberto Kassab contra o tempo para conseguir criar o seu PSD até 7 de outubro -prazo limite para que a legenda possa participar das eleições de 2012- encontra obstáculos não só na certificação pelos cartórios das quase 500 mil assinaturas de apoio. Após validá-las, a nova sigla terá que percorrer, para obtenção do registro, uma trilha que se inicia nos TREs e termina no Tribunal Superior Eleitoral.
Sem contar a hipótese de pedido de vista dos juízes eleitorais ou questionamento adicional do Ministério Público, a lei prevê cerca de 60 dias para esse trâmite, sendo que é comum estouro de prazos. A contar de hoje, Kassab tem 75 dias para não só validar as assinaturas que faltam, mas superar o rito dos tribunais.



Cronograma Admar Gonzaga, advogado do PSD, diz não ver aperto no prazo. "O TSE sempre foi célere na análise de novos partidos. E eles [os ministros] têm a responsabilidade de saber que temos um prazo eleitoral [a cumprir]". Segundo ele, até sexta havia mais de 400 mil assinaturas já validadas em todo o país, o que possibilitaria a legenda a começar nesta semana a ingressar nos TREs com os pedidos de registro.

Na praça 1 A Secom planeja gastar R$ 15 milhões numa campanha para divulgar as ações da nova política industrial, que Dilma lançará no dia 2 de agosto.

Na praça 2 Outros R$ 23 milhões estão previstos para a publicidade dos quatro principais eixos do governo até o final do ano: educação, saúde, infraestrutura e economia. No primeiro semestre, segundo a Secom, foram gastos R$ 41 milhões para anúncios de decisões voltadas às mulheres, para o Brasil Sem Miséria e à coleta seletiva de resíduos sólidos.

Frustradas Piada que circula na Esplanada: Dilma Rousseff resolveu chamar um a um seus ministros nas últimas semanas para impedir que eles aproveitassem o recesso do Congresso e escapassem em férias.

Stand by Embora os pré-candidatos que se apresentaram ao PSDB para a disputa pela prefeitura paulistana tenham pressa, a possível prévia partidária dificilmente ocorrerá antes de fevereiro.
Janela Os tucanos farão campanha de filiação em massa na capital a partir de agosto. Os novos membros, contudo, devem entrar numa "quarentena" e não votarão no referendo interno de 2012.

Ampulheta Depois de reajustar salários dos professores e dos policiais, Geraldo Alckmin negocia pacote para a Saúde. Quer anunciá-lo antes de 12 de agosto, quando a categoria promete entrar em greve. As três carreiras somam 80% do funcionalismo.
Pente-fino O governador tem pressa também em anunciar a revisão dos mecanismos de controle de presença no setor, alvejado pelo escândalo dos plantões médicos, que derrubou o secretário Jorge Pagura (Esporte) e o coordenador de serviços da Saúde, Ricardo Tardelli.

Mutirão O governo de SP aproveitará o sorteio das eliminatórias da Copa, sábado, no Rio, para apresentar as instalações das cidades paulistas a delegações de seis países. Estão agendadas reuniões esta semana com representantes da Inglaterra, Alemanha, Suíça, Costa do Marfim, EUA e Austrália.

Aparato A Aeronáutica pratica esquema especial de segurança aérea no Rio, incluindo monitoramento de ultraleves, devido aos Jogos Mundiais Militares, que se encerram hoje. São usados na operação seis aviões de caça, um avião radar e dois helicópteros Blackhawk.

com LETÍCIA SANDER e FABIO ZAMBELI

tiroteio

"Com o surpreendente repasse de verba ao Itaquerão, Alckmin deu um olé na população, driblando a palavra empenhada".
DO DEPUTADO ESTADUAL CARLOS GIANNAZI (PSOL), sobre o governo paulista custear a capacidade extra do estádio do Corinthians, após promessa reiterada pelo governador de não utilizar recursos públicos na obra.

contraponto

Direto ao ponto

Em 97, o Dieese negociava com o governo paulista o pagamento de dívida relativa a estudos da cesta básica. Para tratar do débito, o então governador Mario Covas marcou reunião no Bandeirantes, em um sábado. Ciente do humor "espanhol" do tucano, o sindicalista João Carlos Juruna abriu a conversa com futebol.
-Como está o nosso Santos, governador?
Pouco depois, desconfiado, Covas interrompeu:
-Vem cá, meu amigo: o papo está bom, mas ninguém aqui vai me cobrar não?


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