São Paulo, terça-feira, 24 de agosto de 2010

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Economia "não precisa de freio", diz tucano

BRENO COSTA
ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, descartou ontem qualquer tipo de aperto de cintos na economia, caso eleito. Segundo o tucano, a economia "não precisa de um freio".
A Folha revelou ontem que sua principal adversária e líder nas pesquisas de intenção de voto, Dilma Rousseff (PT), já estuda medidas a serem adotadas no início de um eventual governo, que passem ao mercado sinal de comprometimento com a redução de gastos públicos.
Entre essas medidas estão a redução da meta de inflação e um controle na concessão de reajuste ao funcionalismo público, entre outras.
Ao longo da campanha, Serra já manifestou ser favorável à redução da carga tributária e ao aumento do investimento governamental, via União, nos Estados.
"Dá para arrumar, mas não precisa de um freio na economia. Eu não acredito nisso", disse o candidato, emendando em uma crítica ao partido de sua adversária. "É possível que o PT faça. Ele diz uma coisa e faz outra quando chega lá."
Durante coletiva realizada ontem, em Sorocaba (SP), Serra se irritou com uma pergunta de uma jornalista da TV Brasil, emissora estatal, sobre o fato de a propaganda na TV completar uma semana hoje e a expectativa do tucano de conseguir reagir nas pesquisas.
"Pergunta lá pro seu pessoal na TV Brasil. Eles têm uma opinião", disse Serra.
Ao falar sobre suas políticas habitacionais, Serra decorou um texto escrito à mão numa folha de papel. Esqueceu números e repetiu três vezes a fala. Precisou de água para seguir a entrevista.
O tucano também minimizou o problema da arrecadação em sua campanha, que vem gerando reclamações de aliados nos Estados. "Isso não é um problema", disse.
Questionado em seguida pela Folha se a arrecadação inferior à da campanha petista não era de fato um problema, ele voltou a falar que supostos problemas em sua candidatura são "ti-ti-ti".

MONICA SERRA
Antes da visitar um conjunto habitacional, Serra caminhou pelo centro de Sorocaba. Pela primeira vez na campanha, sua mulher, Monica Serra, o acompanhou em atividades de rua, seguindo uma estratégia iniciada há cerca de duas semanas.


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