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Economia "não precisa de freio", diz tucano
BRENO COSTA
ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA
O candidato do PSDB à
Presidência, José Serra, descartou ontem qualquer tipo
de aperto de cintos na economia, caso eleito. Segundo o
tucano, a economia "não
precisa de um freio".
A Folha revelou ontem
que sua principal adversária
e líder nas pesquisas de intenção de voto, Dilma Rousseff (PT), já estuda medidas a
serem adotadas no início de
um eventual governo, que
passem ao mercado sinal de
comprometimento com a redução de gastos públicos.
Entre essas medidas estão
a redução da meta de inflação e um controle na concessão de reajuste ao funcionalismo público, entre outras.
Ao longo da campanha,
Serra já manifestou ser favorável à redução da carga tributária e ao aumento do investimento governamental,
via União, nos Estados.
"Dá para arrumar, mas
não precisa de um freio na
economia. Eu não acredito
nisso", disse o candidato,
emendando em uma crítica
ao partido de sua adversária.
"É possível que o PT faça. Ele
diz uma coisa e faz outra
quando chega lá."
Durante coletiva realizada
ontem, em Sorocaba (SP),
Serra se irritou com uma pergunta de uma jornalista da
TV Brasil, emissora estatal,
sobre o fato de a propaganda
na TV completar uma semana hoje e a expectativa do tucano de conseguir reagir nas
pesquisas.
"Pergunta lá pro seu pessoal na TV Brasil. Eles têm
uma opinião", disse Serra.
Ao falar sobre suas políticas habitacionais, Serra decorou um texto escrito à mão
numa folha de papel. Esqueceu números e repetiu três
vezes a fala. Precisou de água
para seguir a entrevista.
O tucano também minimizou o problema da arrecadação em sua campanha, que
vem gerando reclamações de
aliados nos Estados. "Isso
não é um problema", disse.
Questionado em seguida
pela Folha se a arrecadação
inferior à da campanha petista não era de fato um problema, ele voltou a falar que supostos problemas em sua
candidatura são "ti-ti-ti".
MONICA SERRA
Antes da visitar um conjunto habitacional, Serra caminhou pelo centro de Sorocaba. Pela primeira vez na
campanha, sua mulher, Monica Serra, o acompanhou
em atividades de rua, seguindo uma estratégia iniciada
há cerca de duas semanas.
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