São Paulo, terça-feira, 24 de agosto de 2010

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Pró-mercado

Ecoou a reportagem de Kennedy Alencar e Valdo Cruz, informando que candidata Dilma Rousseff "já discute com auxiliares e Lula medidas econômicas duras, sobretudo na área fiscal".
Saiu nas agências com destaque para os cortes no Orçamento e para a redução na meta de inflação para 4%, apresentadas como "medidas de austeridade", num movimento visando "fortalecer as credenciais pró-mercado de Rousseff".
A Bloomberg ressaltou que, "Juros futuros caem ao menor nível em um ano no Brasil por causa do plano orçamentário de Rousseff".
Mas no fim do dia, na manchete da Reuters Brasil, "Dilma nega discussão sobre ajuste fiscal se eleita". Nas palavras da candidata, "eu vi a notícia, lamento, mas vou desmenti-la". No despacho, "I saw the news, I'm sorry, but I will deny it".




Coutinho lá
O site da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos anunciou ontem que "terá o prazer de receber Luciano Coutinho, presidente do BNDES, para falar na 22ª Conferência Econômica" que a organização realiza anualmente, em Washington, no mês de outubro. O evento terá como tema "Brasil, um ator global".

E Meirelles?
O "Financial Times" Rate-raisers hold back postou que os "rate-raisers", bancos centrais que elevavam juros, pararam. Cita Austrália e outros. E que o Brasil deverá ficar parado "até dezembro". No iG, Tales Faria postou que "tem gente na equipe de Dilma que defende Meirelles, mas ele perdeu pontos" com a deflação recente.

SEM FREIO
No iG, José Serra reagiu às "medidas duras" de Dilma afirmando que "não precisa dar um freio na economia", mas "é possível que o PT faça, como sempre -diz uma coisa e faz outra quando chega lá". Por outro lado, na descrição da Folha.com, o candidato "se irritou com uma pergunta da TV Brasil", sobre pesquisas. E "no início da entrevista coletiva decorou um texto escrito à mão numa folha de papel, esqueceu números e repetiu três vezes a fala".

cnbc.com
Para Zell, 'Brasil deve ser número 1 ou 2 em crescimento'

EUA, ANOS 50
Em entrevista ao canal financeiro CNBC, o investidor americano Sam Zell, que aplica metade de sua carteira no Brasil, elogiou fartamente o país, a começar dos 23 milhões que saíram "da pobreza para renda média". Do diálogo: "O que está acontecendo no Brasil, Sam?" "São os EUA nos anos 50. É auto-suficiente em energia. É auto-suficiente em alimentos. Está crescendo e resolveu a inflação. E tem um governo muito disciplinado, conservador fiscal e agressivo socialmente." "Que mudanças veremos com a troca de governo?" "Espero que, seja quem ganhar, continue com as políticas de Lula. Se isso acontecer, o Brasil deve ser o número 1 ou 2 no mundo, em crescimento, nos próximos cinco, dez anos." Por fim, "para referência, o país tem 8% de dívida comparado a 70% nos EUA", na relação com o PIB.

Lições Bric
"Christian Science Monitor", Huffington Post e outros deram ontem uma longa entrevista com o Nobel de Economia Michael Spence, sobre os Brics. Ele diz que China, Índia e Brasil, pós-crise, "serão capazes de sustentar seu crescimento por anos". Sugere aprender com a China a pensar a economia no longo prazo. E, com o Brasil, a fazê-lo sob democracia.

China & AL
Sun Hongbo, do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Academia Chinesa de Ciência Sociais, publicou artigo ontem no "China Daily". Ele relata as primeiras reações dos EUA à maior presença chinesa na região e diz: "Mas o desenvolvimento da relação China-América Latina não tem por alvo um 'terceiro partido' e ela deve se desenvolver de forma independente".

O QUINTO BRIC?
Jornais sul-africanos e chineses cobriram a chegada do presidente Jacob Zuma a Pequim, com um "exército de empresários" e a esperança de "ser incluído no Bric". Antes, passou por Rússia e Índia, que se mostraram "simpáticos" à ideia, segundo as agências RIA Novosti e PTI. A viagem era noticiada ontem também pelo "Wall Street Journal", com longa reportagem sublinhando a importância da economia chinesa para o país, e pelo "Financial Times", com despacho registrando o "consenso nacional na África do Sul" de que o país deve ser parte do Bric.



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