São Paulo, quarta-feira, 24 de agosto de 2011

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Cresce o número de jornalistas mortos no Brasil, revela ANJ

Cinco profissionais foram assassinados em 12 meses; casos de censura aumentaram

DE BRASÍLIA

O Relatório de Liberdade de Imprensa, divulgado ontem pela ANJ (Associação Nacional de Jornais), mostra um aumento nos casos de assassinatos de jornalistas nos últimos 12 meses no país.
Neste período foram registradas cinco mortes em que há indício de ligação com a atividade profissional.
No relatório anterior da entidade, que abrangeu um período de dois anos (agosto de 2008 a 31 de julho de 2010), contabilizou-se apenas um homicídio, e por motivos não relacionados à profissão.
O documento ainda lista número proporcionalmente maior de censuras impostas a veículos de comunicação.
O comparativo entre os últimos dois relatórios mostra que, nos últimos 12 meses, foram 12 casos contra 19 nos dois anos do documento anterior. A maior parte das decisões de censura da imprensa partiu do Poder Judiciário.
"É motivo de especial preocupação que entre tais eventos esteja a ocorrência reiterada de decisões judiciais proibindo jornais de publicar reportagens sobre determinados temas", diz um trecho do relatório.
A censura judicial a veículos de comunicação também foi discutida ontem na 6ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão, no auditório da TV Câmara.
No evento, o professor da USP Eugênio Bucci disse que dezenas de veículos sofreram com a nova modalidade de censura: "As ações que resultam em censura quase sempre decorrem da demanda de políticos ou de parentes de políticos. São os de cima que demandam a censura".

INTERNET
O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) disse ontem que o Marco Civil da Internet deve ser enviado ao Congresso na semana que vem. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff solicitou pequenas alterações no projeto.


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