São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2010

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Gilberto Carvalho vira réu em caso de corrupção

DE SÃO PAULO
DE BRASÍLIA

O chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, virou réu numa ação de improbidade administrativa na qual é acusado de participar de um esquema de corrupção que desviava dinheiro para o PT.
A ação foi proposta pelo Ministério Público de Santo André em 2007 e em julho foi recebida pela Justiça, segundo revelou ontem o jornal "O Estado de S. Paulo".
Segundo a denúncia da Promotoria, Carvalho era o responsável por fazer a ligação entre o ex-ministro José Dirceu, então presidente do PT, e um esquema de corrupção que envolvia empresários e políticos ligados à Prefeitura de Santo André, então sob o comando de Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002.
A Carvalho, que era secretário de Governo de Celso Daniel, caberia, segundo o Ministério Público, repassar ao PT a propina arrecadada de empresas de transportes de Santo André.
O esquema abasteceu campanhas petistas, segundo o Ministério Público.
A Promotoria pede na ação que os valores desviados dos cofres públicos, cerca de R$ 5 milhões, sejam devolvidos pelos acusados.
Segundo a promotora Eliana Vendramini, a Justiça decretou o bloqueio dos bens dos acusados para assegurar devolução se a ação for julgada procedente.
Também são réus no processo, entre outros, o PT e Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, apontado por promotores como mandante da morte de Celso Daniel.
Quando o ex-prefeito foi sequestrado, ele estava acompanhado por Gomes da Silva. Coordenador da então pré-campanha presidencial de Lula, Celso Daniel foi encontrado morto dois dias depois.
A ação civil de improbidade demorou a ser recebida pois esse tipo de processo permite aos acusados oferecer defesa prévia.
Por meio da assessoria do Planalto, Gilberto Carvalho disse ontem que "está muito tranquilo e vai continuar a se defender no curso da ação". Carvalho, segundo a assessoria, disse que "já respondeu sobre esse assunto em duas comissões parlamentares de inquérito e prestou depoimento ao Ministério Público e não vai se manifestar novamente".


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