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Resultado de ideia depende de relação com estagiário
DE SÃO PAULO
Estagiários que atuam
como segundos professores dizem que o sucesso do
programa depende do entrosamento entre eles e os
"primeiros professores".
Se a relação não é boa, as
crianças são prejudicadas.
"Estou aprendendo bastante com a professora. E
ela, comigo. Trocamos
muitas ideias sobre técnicas [de ensino]", conta
Thaís Santos, 23, estagiária na escola municipal
Chiquinha Rodrigues, na
zona sul de São Paulo.
Enquanto a professora
ensina no quadro-negro,
Thais circula pela sala verificando como os alunos
-crianças de seis anos-
estão assimilando as lições de alfabetização. Ela
orienta, na hora, aqueles
que têm mais dificuldade.
O estagiário também
auxilia o professor recolhendo cadernos e organizando a sala para as atividades, por exemplo.
"A professora me deixa
participar ativamente da
aula. A nossa parceria funciona muito bem", diz Maria Filippa Jorge, 42, estagiária na mesma escola.
"Alguns alunos nem veem
diferença. Acham que
também sou professora."
O estagiário tem reuniões semanais com um
orientador de sua faculdade e mensais com técnicos
da prefeitura. Nos encontros, ele tem contato com
outros estagiários e fica sabendo que nem todo professor é receptivo.
"Tem professor que
acha que o aluno pesquisador [estagiário] vai denunciar as falhas dele ao
diretor", diz Maria Filippa.
"E tem aluno pesquisador
que já chega batendo de
frente com o professor."
Thaís, por sua vez, lembra a "história chocante"
de uma colega: "Um dia a
professora saiu para resolver um problema, e a assistente ficou sozinha com as
crianças o dia todo".
(RW)
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