São Paulo, segunda-feira, 24 de outubro de 2011

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Funcionários que ficaram reféns de índios são libertados

Por servidores, Presidência prometeu discutir construção de usina entre PA e MT

AGNALDO BRITO

DE SÃO PAULO

Sete funcionários da Funai e da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) que estavam reféns de índios desde a última segunda-feira foram libertados no fim de semana.
Eles foram capturados na divisa entre o Pará e Mato Grosso, ao visitar aldeias da região para explicar o projeto da usina hidrelétrica de São Manoel. Os índios das etnias munduruki, kayabi e apiaká são contrários ao empreendimento.
Três servidores foram libertados anteontem, e os demais, ao meio-dia de ontem.
A libertação só se consumou depois que a Secretaria-Geral da Presidência da República entrou no caso.
A Funai tentou a liberação dos reféns durante toda a semana passada, mas não teve sucesso. Os indígenas condicionaram a soltura dos servidores ao compromisso, assumido pelo secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, de abrir diálogo sobre a instalação da usina.
O projeto da hidrelétrica de São Manoel prevê a construção de uma usina com capacidade instalada de 700 MW na calha do rio Teles Pires, na divisa dos Estados do Pará e Mato Grosso.
Ela será a maior do complexo de hidrelétricas que será erguido na região.
O Ibama iria realizar três audiências públicas para discutir o empreendimento, mas suspendeu o processo após a ação dos indígenas.
As audiências são exigência do processo de licenciamento prévio da obra. Sem ele, o projeto não pode ser incluído em leilão que acontecerá em dezembro.


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