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Governo do RJ nega que secretário tenha recebido de empresa
Assessoria afirma que reportagem sobre a operação Castelo de Areia fez "ilações" contra Wilson Carvalho
Documentos que citam o auxiliar de Cabral são
oficiais e fazem parte de
2 relatórios produzidos
em investigação da PF
DE SÃO PAULO
A assessoria de imprensa
do governo do Estado do Rio
negou ontem que o secretário de Governo, Wilson Carlos de Carvalho, tenha recebido dinheiro da construtora
Camargo Corrêa, como suspeita a Polícia Federal, com
base em documentos da operação Castelo de Areia.
Para a assessoria, reportagem publicada pela Folha na
segunda-feira "fez considerações que fugiram aos fatos". "E, ao escapar aos fatos,
permitiu-se fazer ilações que
difamaram não apenas a figura do secretário de Governo do Rio de Janeiro, Wilson
Carlos de Carvalho, como a
do próprio governador, insinuando que papéis apreendidos em uma operação da
Polícia Federal poderiam
comprovar suborno e caixa
dois em campanha".
Na carta, a assessoria diz
ainda que "o cerne da reportagem se sustenta em base
inexistente: na de que na
operação da PF, intitulada
Castelo de Areia, o secretário,
teria o seu nome associado a
pagamentos da empreiteira
Camargo Corrêa para obras
do Metrô do Rio".
Documentos oficiais obtidos pela Folha mostram seis
citações ao secretário, com
seu nome completo e cargo.
São dois relatórios da PF com
conclusões da operação e diversos documentos apreendidos na Operação Castelo de
Areia, suspensa desde março
por liminar do STJ (Superior
Tribunal de Justiça).
A assessoria diz que "o secretário Wilson Carlos de
Carvalho nunca foi convidado ou intimado pela PF para
ser ouvido ou prestar explicações para nada".
No relatório, a PF pede a
abertura de novo inquérito,
mas isso não ocorreu graças
à paralisação do caso.
A carta diz que a reportagem se baseia em documentos não oficiais. Todos eles,
no entanto, são da PF e integram o inquérito concluído.
Segundo a assessoria do
governo do Rio, "a Camargo
Corrêa não fez qualquer obra
para o Metrô do Rio" na gestão de Sérgio Cabral.
A Camargo Corrêa integra
o consórcio que fará um dos
lotes do Metrô do Rio. A obra
não chegou a ser executada
porque está embargada, como consta da reportagem.
Na carta, a assessoria diz
ainda que o pagamento de
R$ 28 milhões feito à empreiteira por conta de uma obra
para a Cedae, companhia de
água e esgoto, "nada tem a
ver com a suposta "denúncia
da Folha" associada a obras
no Metrô" e "foi licitada no
passado, resquício de obras
ainda do governo Marcello
Alencar". A informação está
na reportagem.
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