São Paulo, terça-feira, 25 de janeiro de 2011

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PSDB escala publicitário envolvido em escândalo em MG

Réu no mensalão mineiro produzirá programa do partido na TV em lugar de Luiz Gonzalez, descartado após derrota de José Serra

CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

Publicitário escalado para a produção do programa nacional do PSDB, Eduardo Pereira Guedes Neto é um dos 11 réus do esquema batizado de mensalão mineiro.
Secretário-adjunto do governo tucano de Eduardo Azeredo (1995-1998), Guedes é acusado de viabilizar, em 1998, transferência de recursos da Comig (Companhia Mineradora de MG) e da Copasa (Companhia de Saneamento de MG) para a SMPB -agência do publicitário Marcos Valério- para patrocínio de evento sem licitação.
Réu desde fevereiro de 2010, Guedes foi convocado às pressas pela sigla. Afastado após a eleição do ano passado, o jornalista Luiz Gonzalez não foi chamado para a produção do programa.
Apesar do problema na Justiça, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), elogia o trabalho de Guedes. "Volta e meia, alguém lembra [o envolvimento no caso]. Mas Guedes é muito correto, profissional", reagiu.

SERRA x AÉCIO
Esse está longe de ser o único problema que o PSDB enfrenta no programa. Está previsto que a veiculação seja em 3 de fevereiro.
Além da pressa -não conseguiu adiar a exibição para junho-, Guerra tenta conciliar serristas e aecistas.
Para evitar crise, nenhum deles deverá falar durante os dez minutos de programa.
Serra será citado pelo volume de votos obtido na corrida presidencial. Ele voltará à cena no momento de exaltação das administrações do PSDB no Sudeste.
Aécio Neves será citado por sua gestão em Minas.
Mas apenas Guerra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deverão falar no programa.

Colaborou RODRIGO VIZEU, de São Paulo


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