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Oposição acionará STF contra reajuste automático do mínimo
Sarney diz que recorrer à corte é deformar regime democrático
DE BRASÍLIA
Partidos da oposição vão
recorrer ao STF (Supremo
Tribunal Federal) contra o
projeto do salário mínimo.
DEM, PSDB e PPS questionam o reajuste automático
do valor, por decreto presidencial, até 2015.
O mecanismo está previsto
na proposta aprovada nesta
semana pelo Congresso, que
aumentou o valor do salário
mínimo para R$ 545 a partir
de março. A oposição considera a medida inconstitucional por excluir o Congresso
das decisões sobre o reajuste.
"Não temos o direito de
permitir o achincalhe da instituição. Houve a usurpação
de uma função legislativa
fundamental", disse o senador Alvaro Dias (PSDB-PR).
O presidente do Senado,
José Sarney (PMDB-AP), criticou a postura da oposição
por considerar que o Poder
Judiciário não pode ser usado como "terceira via" às decisões do Congresso.
"As questões políticas devem ser resolvidas aqui dentro da Casa. Nós chamarmos
o Supremo como uma terceira via é uma coisa que deforma o regime democrático."
No Rio, o vice-presidente
Michel Temer afirmou que a
oposição "não encontrará
respaldo jurídico".
Os três partidos de oposição vão ingressar com uma
Adin (ação direta de inconstitucionalidade) no Supremo
depois que a presidente Dilma Rousseff sancionar a lei.
Vencida essa questão, a
próxima batalha do governo
na Câmara será a correção da
tabela do Imposto de Renda.
O ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) confirmou ontem que o governo
publicará nos próximos dias
a medida provisória que corrige em 4,5% a tabela de 2011.
(GABRIELA GUERREIRO, MARIA CLARA CABRAL E ANA FLOR)
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