São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

EUA desapontam

Manchete do "New York Times", "Estímulo do Fed desaponta, afirmam economistas". É o "relaxamento monetário", QE, adotado desde novembro, criticado por China e Brasil como inflacionário e questionado agora nos EUA como ineficaz. A estratégia copiada do estagnado Japão "sufocou o dólar e reduziu custo das exportações", mas "a maioria dos americanos não sente diferença", com crescimento e emprego fracos. Paul Krugman, que havia apoiado o QE, postou agora que ele devia ser maior, daí ter "desapontado".

 

No alto da home, o "Wall Street Journal" já trata do pós-QE, em junho, com os fundos Pimco e BlackRock divergindo nas apostas sobre a dívida dos EUA.
O mesmo "WSJ" publicou o editorial "Fugindo da enchente de dólar", dizendo que "o mundo tenta se proteger da política monetária dos EUA", que trouxe "erupções de inflação" da China ao Brasil. Afirma que "o ministro da Fazenda do Brasil falou por muitos" ao defender ações contra os "efeitos do vazamento" dos EUA. Fecha dizendo que "a conta está chegando com o declínio da credibilidade econômica dos EUA".

JUROS CÁ E LÁ
O "Financial Times" analisou a alta dos juros no Brasil sublinhando que "economistas erraram de novo", pela terceira vez, e "o mercado se provou mais capaz" -com as apostas futuras acertando um acréscimo de apenas 0,25 ponto.
E a Reuters produziu longa análise, na sequência, afirmando que o Brasil "não está sozinho" ao reduzir o ritmo do aperto monetário, citando outros emergentes -caso da Turquia, que também na semana passada recorreu a estratégias alternativas contra a inflação. A agência avalia que que "a grande esperança" é que os EUA aumentem seus juros, mas o "alívio pode não sair antes de 2012".

CHINA SE VOLTA AO B5
O "China Daily" destacou o anúncio, pelo presidente do fundo soberano CIC, Lou Jiwei, de que vai ampliar ainda mais os investimentos em países emergentes, citando o Brasil. O jornal ouviu também o presidente do banco central chinês, Zhou Xiaochuan, para quem o país precisa diversificar as reservas cambiais, hoje presas ao dólar, com agências estatais como o CIC buscando "novas áreas para investimento".
O "China Business News" entrevistou executivo da Sinochem sobre os acordos com a Petrobras. Ele enfatizou que o grupo estatal chinês atua como investidor, não operador, em seu esforço de acesso a mais fontes de petróleo e gás.
Por fim, o também chinês "Global Times" publicou editorial sobre a cúpula Brics, citando o "contraste" com as nações presas nas guerras do Oriente Médio. Sublinha que o grupo vem sendo visto como "B5, para rivalizar com o G7".

"DRONES"
csmonitor.com
O "Christian Science Monitor" deu longa reportagem sobre os aviões não tripulados na América Latina -com a cobrança de um "código de conduta". Os EUA já usam "drones" na Líbia, mas novo ataque no Paquistão, segundo o "WSJ", matou "militantes" e também "algumas mulheres e crianças"

REALEZA E SEUS APOLOGISTAS
No sábado, saiu a lista dos convidados do "casamento real" inglês. No "Guardian" e na Al Jazeera, o destaque foi para a confirmação do "príncipe do Bahrein", onde a repressão que já matou "pelo menos 30". O editor da "New Statesman" postou que "a realeza e seus apologistas deviam se envergonhar".
E ontem saiu por todo lado que o "príncipe" desistiu. Em carta ao príncipe Charles, seu amigo, lamentou o noticiário, que "deturpou minha visão dos recentes eventos e buscou usar minha presença como plataforma para questões sobre o Bahrein".
Ao fundo, o "NYT" deu pesquisa dizendo que o "Casamento real faz americanos bocejarem".


iPhone
espião Na quarta, analistas revelaram o rastreamento clandestino dos usuários do iPhone. A Apple não se pronunciou até ontem -e o "WSJ" tentou incluir no caso os celulares do Google, que informou que o serviço é opcional do usuário.

iPad não salva
A "Ad Age" deu que a editora Conde Nast "freou" o plano de levar suas revistas ao tablet. Segundo executivo, alguns dos títulos já adaptados não deram bom resultado. Agências de publicidade dizem que falta "escala".

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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