São Paulo, sexta-feira, 25 de junho de 2010

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Nova ordem de votação pode custar R$ 500 mil

Câmara quer mudar sequência nas urnas

FELIPE SELIGMAN
NOELI MENEZES
DE BRASÍLIA

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski, enviou ao Senado ofício em que afirma que a inversão da ordem dos candidatos nas urnas deve causar prejuízo de, no mínimo, R$ 500 mil.
O documento foi encaminhado ao presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), e aos líderes da Casa.
Segundo ele, se prevalecer o texto que foi aprovado anteontem pela Câmara, a mudança poderá provocar "impacto e atraso significativos no cronograma de programação das 400 mil urnas".
A polêmica deve à resolução do TSE de março que estabeleceu que o primeiro nome e foto a aparecerem na tela serão os de deputado estadual ou distrital e, em seguida, os de deputado federal.
Na eleição anterior, a sequência foi inversa. Como os deputados notaram a alteração anteontem, um projeto de lei foi elaborado e a votação no plenário foi simbólica.
Os deputados alegavam que a inversão deixará os eleitores confusos, o que pode levá-los a anular o voto.
O projeto manteve, porém, a ordem dos demais candidatos: senador (duas vagas), governador e presidente.
Segundo o ofício, o TSE já gastou R$ 500 mil com 54,2 milhões de folhetos e 1 milhão de cartazes com informações sobre a votação.
O projeto precisa ser analisado na CCJ do Senado e depois no plenário, mas o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), pode encurtar sua tramitação.
Os argumentos sensibilizaram Demóstenes, que já afirmou que dará parecer contrário à aprovação.


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A coluna de Nelson de Sá voltará a ser publicada em 5 de julho




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