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Nova ordem de votação pode custar R$ 500 mil
Câmara quer mudar sequência nas urnas
FELIPE SELIGMAN
NOELI MENEZES
DE BRASÍLIA
O presidente do Tribunal
Superior Eleitoral, Ricardo
Lewandowski, enviou ao Senado ofício em que afirma
que a inversão da ordem dos
candidatos nas urnas deve
causar prejuízo de, no mínimo, R$ 500 mil.
O documento foi encaminhado ao presidente da CCJ
(Comissão de Constituição e
Justiça) do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), e aos
líderes da Casa.
Segundo ele, se prevalecer
o texto que foi aprovado anteontem pela Câmara, a mudança poderá provocar "impacto e atraso significativos
no cronograma de programação das 400 mil urnas".
A polêmica deve à resolução do TSE de março que estabeleceu que o primeiro nome e foto a aparecerem na tela serão os de deputado estadual ou distrital e, em seguida, os de deputado federal.
Na eleição anterior, a sequência foi inversa. Como os
deputados notaram a alteração anteontem, um projeto
de lei foi elaborado e a votação no plenário foi simbólica.
Os deputados alegavam
que a inversão deixará os
eleitores confusos, o que pode levá-los a anular o voto.
O projeto manteve, porém,
a ordem dos demais candidatos: senador (duas vagas),
governador e presidente.
Segundo o ofício, o TSE já
gastou R$ 500 mil com 54,2
milhões de folhetos e 1 milhão de cartazes com informações sobre a votação.
O projeto precisa ser analisado na CCJ do Senado e depois no plenário, mas o presidente da Casa, José Sarney
(PMDB-AP), pode encurtar
sua tramitação.
Os argumentos sensibilizaram Demóstenes, que já
afirmou que dará parecer
contrário à aprovação.
TODA MÍDIA
A coluna de Nelson de Sá voltará
a ser publicada em 5 de julho
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