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Dilma recua do recuo e volta
a defender fim de sigilo eterno
É a terceira vez que o Planalto muda de posição sobre o tema
ANA FLOR
DE BRASÍLIA
A presidente Dilma Rousseff voltou a defender o fim
do sigilo eterno de documentos oficiais e irá pedir que sua
base no Senado chancele o
texto da forma como foi aprovado pela Câmara.
A decisão foi informada
ontem a assessores. A presidente deseja encerrar o debate sobre o assunto, que vem
gerando discussões no governo há semanas. É a terceira vez que o Planalto muda
de posição sobre o tema.
O fim do sigilo, como aprovado na Câmara -com prazo
máximo de 50 anos para documentos ultrassecretos-,
era a posição original de Dilma. Os ex-presidentes e
atuais senadores Fernando
Collor (PTB-AL) e José Sarney
(PMDB-AP), porém, se opuseram à proposta.
Após a pressão dos dois
aliados, a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) afirmou, durante sua
posse, que o governo passaria a defender o projeto original enviado pelo Executivo
ao Congresso, ainda na gestão do presidente Lula. Nele,
havia a possibilidade de
prorrogar indefinidamente o
sigilo de alguns papéis.
Na última quarta, entretanto, Ideli disse que o Planalto acataria qualquer decisão que o Senado aprovasse.
Ontem, reportagem da Folha
mostrou que a maioria dos
senadores é a favor do fim do
sigilo e está disposta a aprovar o texto vindo da Câmara.
A Folha apurou que Dilma
almoçou na última segunda-feira com os ministros Nelson
Jobim (Defesa) e Antonio Patriota (Relações Exteriores).
As duas pastas capitaneavam a manutenção do sigilo.
Na reunião, porém, acataram
a decisão de Dilma. O projeto
deverá entrar na pauta do Senado no segundo semestre.
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