Candidata do PT afirma que, num eventual governo, vai evitar também dar cargo a políticos sem competência

Sobre redução de cargos com indicação política, a presidenciável disse que "mais para frente" o assunto será discutido

MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, defendeu ontem indicações políticas para o preenchimento de cargos no governo desde que obedeçam a critérios técnicos. Para a petista, não devem existir áreas exclusivas de técnicos ou de políticos.
Ela disse que num eventual governo vai evitar técnicos sem desenvoltura e políticos sem competência. "Não pode ser técnico frio, mas não pode ser político sem capacidade. O Brasil tem que ter exigência de preenchimentos de cargos", disse.
Dilma afirmou que vai driblar a pressão de aliados para emplacar suas indicações avaliando a capacidade. "Eu evitarei em todas as áreas as pessoas que não tenham competência para dirigi-las."
Questionada sobre uma possível redução de cargos políticos, disse que isso será discutido "mais para frente".
A petista evitou falar sobre política de aumento para servidores. "O reajuste do funcionalismo é o merecido."
Ela voltou a negar que estude um ajuste fiscal para um eventual governo, como mostrou reportagem publicada anteontem pela Folha.
Sem citar o jornal, Dilma disse que a reportagem não fazia sentido. "Eu tenho falado que eu vou manter a estabilidade. (...) Não vou transformar uma necessidade em virtude. Não é virtude fazer ajuste fiscal", disse.


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