São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2010

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Serra diz não depender de Marina para ir ao 2º turno

Subida de verde em pesquisas reduz diferença de Dilma sobre os demais

Ao lado de Itamar, Aécio e Anastasia em Minas, tucano alfineta Lula e recebe apoio da família de Juscelino Kubitschek

PAULO PEIXOTO
ENVIADO ESPECIAL A DIAMANTINA (MG)

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse ontem em campanha em Diamantina (MG) que não depende da ajuda da presidenciável Marina Silva (PV) para chegar ao segundo turno contra Dilma Rousseff (PT).
"Cada candidato merece respeito, faz a sua campanha e procura a vitória. Ninguém fica esperando ajuda de ninguém", afirmou Serra.
Na última pesquisa Datafolha, Marina cresceu no Rio e no DF, reduzindo a frente de Dilma em relação à soma dos concorrentes.
Essa situação favorece Serra, segundo colocado nas pesquisas. Um segundo turno, disse ele, vai permitir que o eleitor possa "saber, conhecer e comparar melhor" os dois candidatos que forem mais votados.
Serra voltou a Minas 18 dias após sua última visita -estava insatisfeito por achar que o PSDB-MG se empenha menos do que ele gostaria. Ele teve a companhia do ex-presidente Itamar Franco (PPS), candidato ao Senado.
Itamar só estivera com ele em 30 de julho, em BH, quando formalizou seu apoio justificando que seu candidato a presidente era Aécio Neves, mas que, sendo "homem de partido", apoiaria Serra.
O evento em Diamantina teve ainda a presença de Aécio, candidato ao Senado, e Antonio Anastasia, que tenta se reeleger governador.
No palanque, Serra ouviu Aécio pedir votos para ele e retribuiu: "É um homem que um dia também será presidente do Brasil". E emendou oito segundos depois: "Claro, me sucedendo será o melhor dos mundos".
Ele estava na terra de Juscelino Kubitschek e se inspirou no ex-presidente para propor projetos e para criticar o presidente Lula.
A primeira vez foi quando disse: "[JK] É um homem que governou o Brasil com competência, generosidade, com tolerância. Nunca tratou adversário como inimigo".
Depois, questionado sobre Lula sempre citar JK, afirmou: "Eu não vou fazer juízo sobre as devidas ou indevidas citações do Lula. As pessoas podem julgar. Eu nunca vi o Juscelino na campanha atacando pessoalmente adversários. Esse era um exemplo de conduta boa de um presidente".
Ao visitar o museu de Juscelino na cidade histórica, Serra se sentou na cama que JK dormia quando jovem. O tucano reproduziu pose do ex-presidente em quadro posto sobre o móvel no qual ele aparece sentado na mesma cama, já adulto.
Ali Serra ouviu em leitura de uma carta de Maria Estela, filha de JK, a família Kubitschek empenhar o apoio a ele.


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