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Serra diz não depender de Marina para ir ao 2º turno
Subida de verde em pesquisas reduz diferença de Dilma sobre os demais
Ao lado de Itamar, Aécio e Anastasia em Minas, tucano alfineta Lula e recebe apoio da família de Juscelino Kubitschek
PAULO PEIXOTO
ENVIADO ESPECIAL A DIAMANTINA (MG)
O candidato do PSDB à
Presidência, José Serra, disse
ontem em campanha em Diamantina (MG) que não depende da ajuda da presidenciável Marina Silva (PV) para
chegar ao segundo turno
contra Dilma Rousseff (PT).
"Cada candidato merece
respeito, faz a sua campanha
e procura a vitória. Ninguém
fica esperando ajuda de ninguém", afirmou Serra.
Na última pesquisa Datafolha, Marina cresceu no Rio
e no DF, reduzindo a frente
de Dilma em relação à soma
dos concorrentes.
Essa situação favorece Serra, segundo colocado nas
pesquisas. Um segundo turno, disse ele, vai permitir que
o eleitor possa "saber, conhecer e comparar melhor" os
dois candidatos que forem
mais votados.
Serra voltou a Minas 18
dias após sua última visita
-estava insatisfeito por
achar que o PSDB-MG se empenha menos do que ele gostaria. Ele teve a companhia
do ex-presidente Itamar
Franco (PPS), candidato ao
Senado.
Itamar só estivera com ele
em 30 de julho, em BH, quando formalizou seu apoio justificando que seu candidato a
presidente era Aécio Neves,
mas que, sendo "homem de
partido", apoiaria Serra.
O evento em Diamantina
teve ainda a presença de Aécio, candidato ao Senado, e
Antonio Anastasia, que tenta
se reeleger governador.
No palanque, Serra ouviu
Aécio pedir votos para ele e
retribuiu: "É um homem que
um dia também será presidente do Brasil". E emendou
oito segundos depois: "Claro, me sucedendo será o melhor dos mundos".
Ele estava na terra de Juscelino Kubitschek e se inspirou no ex-presidente para
propor projetos e para criticar o presidente Lula.
A primeira vez foi quando
disse: "[JK] É um homem que
governou o Brasil com competência, generosidade, com
tolerância. Nunca tratou adversário como inimigo".
Depois, questionado sobre
Lula sempre citar JK, afirmou: "Eu não vou fazer juízo
sobre as devidas ou indevidas citações do Lula. As pessoas podem julgar. Eu nunca
vi o Juscelino na campanha
atacando pessoalmente adversários. Esse era um exemplo de conduta boa de um
presidente".
Ao visitar o museu de Juscelino na cidade histórica,
Serra se sentou na cama que
JK dormia quando jovem. O
tucano reproduziu pose do
ex-presidente em quadro
posto sobre o móvel no qual
ele aparece sentado na mesma cama, já adulto.
Ali Serra ouviu em leitura
de uma carta de Maria Estela,
filha de JK, a família Kubitschek empenhar o apoio a ele.
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