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Carvalho quer inquérito sobre gravação de conversa
DE BRASÍLIA
O chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, Gilberto Carvalho, defendeu ontem a abertura de
investigação para averiguar
a origem e o conteúdo de gravação divulgada no final de
semana pela revista "Veja".
Na gravação, de autoria,
data e circunstâncias ainda
desconhecidas, o atual secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, reclama,
com seu ex-colega no Ministério da Justiça Romeu Tuma
Jr., sobre frequentes pedidos
para confecção de dossiês.
Segundo a revista, Abramovay disse a Tuma Jr. que
tais pedidos vinham de Carvalho e da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff.
Em nota, Abramovay negou anteontem ter falado sobre dossiês. Contudo, Tuma
Jr. confirmou à Folha ter ouvido reclamações de Abramovay, embora tenha negado a autoria da gravação. Dilma também negou.
Carvalho disse que vai
consultar a área jurídica do
Palácio do Planalto sobre
que providências poderão
ser tomadas.
"Temos que ter uma investigação. Porque é grave que
esse tipo de gravação tenha
ocorrido e as pessoas falem
essas coisas que não são verdadeiras", afirmou Carvalho.
A Polícia Federal não decidiu
ainda se abrirá inquérito.
Carvalho negou ter feito
"qualquer pedido" sobre
dossiês e disse que "nunca
conversou nem com Pedro
nem com ninguém" sobre tal
assunto. Disse que já tratou
com Abramovay "sempre de
assuntos institucionais".
O perito criminal Ricardo
Molina, que analisou os áudios a pedido da revista, disse ontem que não há sinais
de montagem na gravação da
conversa de Abramovay e
Tuma Jr.
(RUBENS VALENTE)
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