São Paulo, quinta-feira, 25 de novembro de 2010

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Dilma convida lulistas para núcleo político do Planalto

Palocci e Gilberto Carvalho são chamados a compor "cozinha" do governo

Ex-ministro da Fazenda deve ir para Casa Civil e assessor de Lula para a Secretaria-Geral; eleita quer Cardozo na Justiça

Alan Marques/Folhapress
NOVO GRUPO: Belchior, Cardozo, Mantega e Tombini após anúncio da equipe econômica de Dilma

DE BRASÍLIA

Em conversa ontem com o presidente Lula, Dilma Rousseff montou o seguinte desenho para a cozinha do Palácio do Planalto: Antonio Palocci na Casa Civil e Gilberto Carvalho na Secretaria-Geral da Presidência. Ambos são nomes da absoluta confiança do atual presidente.
Palocci e Carvalho já foram convidados pela presidente eleita para fazer parte do núcleo político de seu governo. Além deles, Dilma já formalizou convites para o ministro Paulo Bernardo, de saída do Planejamento, e o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que deve assumir o Ministério da Justiça.
Segundo a Folha apurou, Dilma já avisou tanto Palocci, ex-ministro da Fazenda, como Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, que suas funções devem ser mesmo a Casa Civil e a Secretaria-Geral, respectivamente.
Um assessor da presidente eleita, porém, disse que ela ainda poderia fazer uma mudança de última hora, por conta das negociações de outros cargos do seu ministério. Os convites foram feitos na semana passada.
Com a decisão de encaixar Carvalho no Planalto, Bernardo, antes cotado para o núcleo político, deve ser indicado para outro ministério.
Ele esteve reunido ontem pela manhã com Dilma. Ao sair, limitou-se a dizer que havia recebido um "convite genérico", não especificando sua nova área de atuação.
Bernardo pode ser deslocado para Previdência, Cidades ou Comunicações. No seu lugar no Planejamento ficará Miriam Belchior, anunciada ontem oficialmente.
O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), que havia sido cotado para outros ministérios, deve continuar fazendo a interlocuções com parlamentares.

REDESENHO
A ida do chefe de gabinete de Lula para a Secretaria-Geral da Presidência vai alterar os planos de Dilma. Ela planejava mudar as funções da pasta, mas agora deve deixar na secretaria a articulação com entidades como o MST, sindicatos e igrejas.
A Casa Civil perderá a função de gerente do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do Minha Casa, Minha Vida, mas seguirá com a sua principal atividade: coordenação política de todos ministérios e assessoramento da presidente.
Escolhidos os nomes dos ministros políticos, que devem ser anunciados até a próxima semana, Dilma começará a negociar a indicação de nomes ligados aos partidos da base aliada.
Para finalizar as negociações, ela decidiu cancelar a viagem que faria com Lula para a reunião da Unasul (União das Nações Sul-americanas), que acontece na Guiana hoje e amanhã.
Segundo a Folha apurou, Dilma acertou com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com quem se reuniu anteontem, que seu partido irá recuperar a pasta da Integração Nacional e ganhará a do Turismo.
Em contrapartida, perderá a de Ciência e Tecnologia.
Para compensar o PMDB pela perda da Integração Nacional, Dilma cogita indicar um peemedebista para o Ministério das Cidades, dando outra pasta ao PP. (VALDO CRUZ, KENNEDY ALENCAR, NATUZA NERY, RANIER BRAGON, MÁRCIO FALCÃO e FERNANDO RODRIGUES)


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