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Lula dá exemplos "pouco recomendáveis", afirma Serra
Em visita ao Congresso, tucano diz que presidente deixará "herança adversa'
Durante encontro com líderes de seu partido, ex-governador afirma que a culpa por sua derrota é dele mesmo
GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Na primeira aparição pública ao lado de líderes tucanos depois da derrota nas
eleições, o ex-governador José Serra (PSDB) disse ontem
que o presidente Lula vai deixar uma "herança adversa"
para sua sucessora Dilma
Rousseff (PT).
Sem anunciar seus planos
políticos, ele disparou ataques ao presidente durante
visita ao Congresso ao chamá-lo de "mentiroso" e de
pessoa que "dá exemplos
pouco recomendáveis".
Serra disse que Dilma recebeu "problemas saltando do
armário" para começar o seu
governo -como inflação ascendente, taxa de câmbio supervalorizada e redução da
atividade econômica.
"Ele [Lula] está deixando
um grande nó para o próximo governo, um nó de difícil
solução que vai custar muito
caro ao país."
O tucano classificou de
"megalomaníaco" o projeto
do trem-bala em discussão
pelo governo federal. "É para
transportar apenas passageiros, não há demanda."
Apesar de ter sido um dos
idealizadores da CPMF (Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira),
ele disse ser contrário à sua
recriação-articulada por
aliados do governo.
"Essa história de que vai
repartir CPMF entre governo
federal, Estados e municípios é conversa", afirmou.
Serra se reuniu por cerca
de uma hora com deputados
e senadores do PSDB para fazer um balanço de sua campanha. Ele agradeceu o empenho dos aliados e afirmou
que o único responsável por
sua derrota foi ele mesmo.
Após o encontro, Serra visitou o plenário do Senado,
mas sua presença foi ignorada pelo presidente da Casa,
José Sarney (PMDB-AP).
O peemedebista não anunciou a presença do tucano,
prática que costuma adotar
quando há visitantes na Casa. Logo depois da entrada
de Serra, Sarney se retirou do
plenário.
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