São Paulo, sábado, 26 de março de 2011

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mercado em cima da hora

Bombardeado, presidente da Vale nega jogo político para manter posto

Executivos do setor financeiro dão como certa a saída de Agnelli

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Bombardeado nos últimos dias, o presidente da Vale, Roger Agnelli, veio a público ontem para dizer que não faz jogo político para se manter no comando da empresa, a maior produtora de minério de ferro do mundo.
Executivos do setor financeiro dão como certa a saída de Agnelli da presidência da Vale, após forte pressão do governo, que alega ter maioria acionária na empresa e reivindica um profissional mais antenado com os interesses governistas.
"A decisão sobre a escolha do diretor-presidente da Vale compete exclusivamente aos acionistas controladores da empresa. O que tenho feito nos últimos dias é o mesmo que fiz ao longo de toda a minha carreira: trabalhar. Não tenho envolvimento com qualquer questão política relativa a este assunto", afirmou Agnelli, em nota.
A substituição foi tema de várias reuniões ao longo da semana entre o governo e os principais acionistas, entre eles o Bradesco. A provável substituição só deve ser anunciada após os acionistas chegarem a um consenso sobre o nome do substituto.
Agnelli conseguiu escapar de diversas investidas do governo com base no prestígio que tem no mercado de capitais. A última resistência era do Bradesco, que indicou Agnelli em 2001 à presidência da Vale, mas que teria concordado em ceder o posto.

GOLDEN SHARE
Desde a privatização, o governo federal relegou aos sócios do setor privado o comando da Vale. Após a privatização, em 1997, o governo ficou com uma "golden share" que dá poder de veto em assuntos como mudança de nome, sede, falência, venda e assuntos relacionados a jazidas, entre outros assuntos.
No mês, a ação PNA da Vale caiu 5,48%, enquanto o Ibovespa subiu 0,57%.


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