São Paulo, sexta-feira, 26 de agosto de 2011

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FOCO

Cacciola deixa presídio no Rio aos gritos de "ladrão"

Paula Giolito/Folhapress
De óculos escuros, o ex-banqueiro Salvatore Alberto Cacciola deixa o presídio de Bangu

LUIZA SOUTO
DO RIO

Cerca de 48 horas após ter obtido o benefício da liberdade condicional, o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, 65, deixou ontem o complexo penitenciário de Bangu (zona oeste do Rio) às 17h30.
Vestindo calça comprida, camisa branca e óculos escuros, Cacciola deixou o local sem falar com a imprensa, entrou em um carro que o esperava e foi para um condomínio na Barra (zona oeste).
Hostilizado por cerca de 30 pessoas que aguardavam a sua libertação, Cacciola ouviu gritos de "ladrão" e "onde está o meu dinheiro?".
O ex-banqueiro, condenado a 13 anos de prisão, teve a liberdade condicional concedida na terça-feira por decisão da juíza Natascha Maculan Adum Dazzi, da Vara de Execuções Penais.
A decisão contraria entendimento do STF, que no ano passado negou liberdade a Cacciola sob o argumento de que era grande o risco de que ele voltasse a fugir do país.

AJUDA
No início de 1999, durante a maxidesvalorização do real, o banco Marka, de Cacciola, e o FonteCindam apostaram na estabilidade da moeda e foram socorridos pelo Banco Central, numa operação de R$ 1,6 bilhão.
Depois, foram liquidados, e clientes que tinham aplicações ficaram no prejuízo.
Em 2000, Cacciola teve a prisão decretada, mas obteve habeas corpus do então presidente do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, e fugiu para a Itália, país do qual possui cidadania.
Em 2005, foi condenado por peculato e gestão fraudulenta. Foi preso pela Interpol em 2007, e extraditado em 2008. Neste ano teve a pena reduzida a nove anos, por ter mais de 60 anos e não ter cometido crime hediondo.


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