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Diretor de Itaipu isenta Gleisi de culpa por demissão
Samek diz que atual ministra queria voltar à estatal se perdesse a eleição, mas ele preferiu afastá-la de vez
CATIA SEABRA
ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA
Para justificar a liberação
do FGTS e o pagamento de
indenização para a ministra
Gleisi Hoffmann (Casa Civil),
o diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, disse ontem que a
decisão de demiti-la foi dele.
Gleisi era diretora financeira da Itaipu quando, em
2006, deixou a empresa para
disputar o Senado. Recebeu
R$ 41 mil de indenização.
Samek disse que, consultado por Gleisi sobre uma licença para tentar a eleição,
avisou: "Se você sair, vou te
exonerar. Você não volta".
Segundo ele, Gleisi pretendia voltar ao cargo se perdesse: "Esse processo de politizar empresa não vai acontecer na minha gestão".
A razão para demitir foi
que Gleisi não poderia misturar política e gestão.
"Uma pessoa sair, tentar
carreira e voltar é complicado. Isso contamina os procedimentos. Quando mistura
essa coisa de companheirada
com o partido, ou quando se
tem pretensão política e usa
a empresa, geralmente, o negócio não dá certo."
Após três anos em Itaipu,
Gleisi concorreu ao Senado
em 2006. Derrotada, disputou a Prefeitura de Curitiba
em 2008. Perdeu de novo. Foi
eleita senadora em 2010.
Questionado se ela iria devolver o dinheiro, ele disse:
"Ela não fez ato errado. Se tiver alguma coisa errada, a
responsabilidade é minha".
A Folha questionou Gleisi
sobre a devolução do dinheiro, mas não houve resposta.
O PSDB anunciou que ingressará na semana que vem
na Procuradoria-Geral da República com pedido de investigação sobre o pagamento e
tentará convocar Gleisi a dar
explicações na Comissão de
Fiscalização da Câmara.
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