|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Texto publicado pelo Ipea defende "democratizar mídia"
GUSTAVO PATU
DE BRASÍLIA
Documento publicado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada), órgão
vinculado ao Palácio do Planalto, defende que o governo
adote "medidas políticas, legais e econômicas" para "democratizar a mídia" no país.
Na agenda sugerida estão
desde a revisão dos critérios
para as concessões de rádio e
TV até o financiamento de
bancos estatais a veículos de
comunicação "independentes do grande capital" e a distribuição de verbas oficiais
de publicidade "segundo outros critérios que não a audiência e o alcance dos órgãos", o que tornaria necessário alterar a legislação.
Datado de setembro, o trabalho está classificado como
"Texto para Discussão", modalidade de publicação
usualmente dedicada à pesquisa econômica que dá nome ao instituto.
O autor, Francisco Fonseca, não pertence aos quadros
do Ipea -é professor de ciência política da Fundação Getúlio Vargas.
O período coincide com o
acirramento dos ataques do
presidente Lula à imprensa,
na esteira da revelação do esquema de facilitação de interesses privados que levou
Erenice Guerra a deixar o comando da Casa Civil.
Em nota enviada à Folha,
o Ipea declarou que textos do
gênero são de inteira responsabilidade de seus autores e
não exprimem, necessariamente, o ponto de vista do
instituto.
Embora adote genericamente o termo "mídia" na
maior parte das 61 páginas, o
documento tem como alvo os
veículos de maior circulação
e audiência, principalmente
os jornais impressos, que o
autor considera responsáveis pela disseminação de
ideias "ultraliberais" a partir
da década de 80.
A argumentação está concentrada na avaliação de editoriais de Folha, "O Estado
de S. Paulo", "O Globo" e
"Jornal do Brasil" nas discussões da Constituição de 1988.
Texto Anterior: Em manifesto, entidades do CE defendem ideia Próximo Texto: Janio de Freitas: O melhor voto Índice | Comunicar Erros
|