São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2010

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Texto publicado pelo Ipea defende "democratizar mídia"

GUSTAVO PATU
DE BRASÍLIA

Documento publicado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão vinculado ao Palácio do Planalto, defende que o governo adote "medidas políticas, legais e econômicas" para "democratizar a mídia" no país.
Na agenda sugerida estão desde a revisão dos critérios para as concessões de rádio e TV até o financiamento de bancos estatais a veículos de comunicação "independentes do grande capital" e a distribuição de verbas oficiais de publicidade "segundo outros critérios que não a audiência e o alcance dos órgãos", o que tornaria necessário alterar a legislação.
Datado de setembro, o trabalho está classificado como "Texto para Discussão", modalidade de publicação usualmente dedicada à pesquisa econômica que dá nome ao instituto.
O autor, Francisco Fonseca, não pertence aos quadros do Ipea -é professor de ciência política da Fundação Getúlio Vargas.
O período coincide com o acirramento dos ataques do presidente Lula à imprensa, na esteira da revelação do esquema de facilitação de interesses privados que levou Erenice Guerra a deixar o comando da Casa Civil.
Em nota enviada à Folha, o Ipea declarou que textos do gênero são de inteira responsabilidade de seus autores e não exprimem, necessariamente, o ponto de vista do instituto.
Embora adote genericamente o termo "mídia" na maior parte das 61 páginas, o documento tem como alvo os veículos de maior circulação e audiência, principalmente os jornais impressos, que o autor considera responsáveis pela disseminação de ideias "ultraliberais" a partir da década de 80.
A argumentação está concentrada na avaliação de editoriais de Folha, "O Estado de S. Paulo", "O Globo" e "Jornal do Brasil" nas discussões da Constituição de 1988.


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