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Candidata faz carta com promessas aos militares
Petista promete manter regime previdenciário
DE BRASÍLIA
No primeiro sinal direto
aos militares na campanha, a
candidata Dilma Rousseff
(PT) divulgou ontem uma
carta às Forças Armadas no
qual apresenta compromissos como manter o serviço
militar obrigatório, o regime
previdenciário diferenciado
e promete reforçar a política
salarial do governo Lula.
Segundo a campanha e
militares ouvidos pela Folha, não há nenhum movimento contra a candidata,
mas reclamações pontuais.
Uma das queixas é o fato de
não fazer referência ao trabalho do Exército nas obras do
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Dilma foi convidada para
dar palestra no Clube Militar,
mas não compareceu, ao
contrário de José Serra
(PSDB), que divulgou em setembro um texto com teor similar ao assinado por Dilma.
Na carta, Dilma diz que as
Forças Armadas "estão entre
as instituições com maior índice de confiança" no país,
promete a reestruturação da
indústria bélica nacional e a
reorganização das Forças.
Segundo o texto, um eventual governo Dilma dará incentivos para três segmentos
"imprescindíveis para a defesa do país: cibernético, espacial e nuclear". Dilma, que
foi presa e torturada na ditadura militar (1964-1985), fala
na carta em continuar marchando em "cadência uniforme" e que as realizações
do governo Lula serão "potencializadas".
(MF e FO)
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