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Embaixadores fortes durante governo FHC são cotados para ministro de Serra
DO RIO
Se em caso de vitória de
Dilma o atual secretário-geral do Itamaraty, Antonio Patriota, é o mais cotado como
sucessor de Celso Amorim,
prevê-se que, se Serra vencer, voltarão ao comando
embaixadores fortes no governo FHC.
Entre os nomes citados no
lado tucano estão o de Sérgio
Amaral, assessor informal de
Serra; Luiz Felipe de Seixas
Corrêa, ex-secretário-geral e
ex-embaixador na OMC (Organização Mundial do Comércio), hoje no Vaticano; e
Rubens Ricupero, ex-secretário-geral da Unctad (braço da
ONU para comércio e desenvolvimento).
Seixas Corrêa tem boa relação com Amorim. Mas outros que poderiam voltar à
cena com Serra estão fora de
postos-chave na pasta.
Estes incluem Gelson Fonseca, ex-embaixador na ONU
que hoje ocupa o cargo de
inspetor-geral do serviço exterior, e José Alfredo Graça
Lima, que foi subsecretário-geral de Comércio e é cônsul
em Los Angeles.
Há um nome citado nas listas de Dilma e Serra: Roberto
Jaguaribe, embaixador em
Londres e ex-subsecretário-geral Político do Itamaraty.
Outro tema forte entre diplomatas é o futuro da diplomacia presidencial, que FHC
assumiu e Lula potencializou. Mesmo apoiadores de
Serra consideram-no mal-humorado demais para repetir os antecessores, e Dilma é
uma incógnita na área.
Outra dúvida é se será
mantido o prestígio do Itamaraty. Sob Lula, os salários
dobraram e o quadro de diplomatas aumentou 40%,
para 1.400. No atual mandato, o presidente não nomeou
embaixadores de fora da carreira -espera-se que seu sucessor faça o mesmo.
Se o estilo presidencial
mudará, analistas acham difícil um recuo na atuação externa do país. "O ativismo
atual é só parcialmente produto do voluntarismo do presidente. É em boa parte pressão do sistema, de fora para
dentro, e também resultante
das transformações sociais
aqui dentro", diz Matias
Spektor, da FGV-Rio.
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