|
Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros
DEM não reagirá a debandada de Kassab
Ala que admite saída do prefeito para o PMDB avalia que embate na Justiça por mandato desgastaria mais a sigla
Entendimento jurídico é
que a vice-prefeita, que
também é filiada ao
PMDB, herdaria cargo
em batalha judicial
MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
A direção do DEM decidiu
não reivindicar o mandato
do prefeito Gilberto Kassab,
caso ele decida trocar o partido pelo PMDB.
Ala que já dá como certa a
saída do prefeito avalia que
um embate na Justiça Eleitoral por conta de infidelidade
partidária só traria mais desgaste à legenda, já enfraquecida pelas últimas eleições.
O entendimento foi firmado após conversas com advogados do partido. Segundo
juristas, mesmo que o DEM
pedisse o mandato de Kassab
à Justiça e ganhasse, a Prefeitura, pela norma atual, acabaria nas mãos de Alda Marco Antônio, a vice-prefeita,
que é do PMDB.
"Não queremos problemas
agora. Por isso, é melhor a
saída de Kassab com tranquilidade interna, do que termos
que enfrentar novos problemas", disse Onyx Lorenzoni
(DEM-RS).
"É preciso tomar cuidado e
lembrar que em 2006 tínhamos 65 deputados, agora temos 56 e ano que vem teremos apenas 43", completou
o deputado Felipe Maia
(DEM-RN).
O discurso de que a chefia
do partido não cobrará na
Justiça a fatura por uma
eventual mudança de Kassab
para o PDMB é feito em momento oportuno.
Kassab está em franca
campanha pela antecipação
de eleições que poderão derrubar o atual presidente da
legenda, deputado federal
Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ganhou apoio no propósito.
Ontem, Maia foi avisado
que, no próximo dia 8, haverá reunião da direção do partido para decidir a data de
convenção em que a antecipação das eleições do DEM
será debatida.
Kassab deflagrou negociações com o PMDB após as
eleições, com o discurso de
que o partido estava enfraquecido porque atuava a reboque do PSDB e de que não
tinha espaço para crescer no
DEM. E condicionou sua permanência na legenda à troca
de comando do partido.
A articulação com peemedebistas deu força a uma corrente que defende a permanência do prefeito, para não
perder seu capital político e o
comando da maior prefeitura
do país.
"O partido está aberto para
ele, para que se faça uma renovação com a qual ele se
sinta mais confortável", disse o senador Agripino Maia
(DEM-RN), favorável à permanência de Kassab.
Texto Anterior: Toda Mídia - Nelson de Sá: Guerra no ar Índice | Comunicar Erros
|